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Ensaios-->Sombras e luzes -- 04/08/2003 - 18:36 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na última vez em que a vi estava próxima das sombras e luzes. Havia a sombra de lâmpadas fracas em contraste com o negror do céu noturno, de poucas estrelas.
Não sei o que fazia exatamente. Acho que falava com alguém sobre as trivialidades que compunham o quadro. Palhas, madeiras, refrigerantes, tecidos, gente, um quadro comum.
Incomum era um cachorro deitado na calçada, espreguiçando seu lombo quase pelado nas pequenas pedras decorativas.
O cachorro parecia inspirar as pessoas que passeavam pelo local. Um ou outro parava para apreciar o cão, preguiçoso e perdido, que entre um e outro rolar sorria para as estrelas.
Na cabana poucos pensavam e muitos sorriam, cantavam e diziam besteiras. Quase fiz o mesmo.
Não tinha tempo para jogar fora naquela hora. Uma sina de produzir alguma coisa me impediu de parar. Jurei que escreveria sobre o cachorro preguiçoso.
Um esperto se aproximou do grupo e fez cara de malandro para a jovem. Deduzi que da forma como se posicionava estava tentando seduzi-la.
Divertidos princípios da juventude. Sedução sem compromisso pensei. Um dos dois ficaria feliz, o outro talvez apaixonado. Coisas das correntes corpóreas, tantas e tantas vezes disposta a nos enganar.
Um ruído me fez apressar o passo, deixando para trás a multidão de mentes distraídas.
Confesso que o chamado me trouxe de volta a uma realidade não atraente. Tive que responder uma pergunta ou duas não sei para quem.
Respondi convicto de duas coisas. Uma que era a resposta correta. A outra era a vontade de estar meio alienado, longe do processo que me qualificou para responder perguntas. Antes desejaria naquele momento fazê-las, como todo neófito, aprendiz de coisa nenhuma.
As estrelas que banhavam o lombo do cachorro preguiçoso mudaram de lugar. Percebi então que a hora da partida temporária era chegada. Tomei o rumo de um carro qualquer.
No pátio barulhento continuavam as músicas, os comentários e as alienações.
O grande blefador continuava sua tarefa de conquistar a jovem. Ri. Nunca consegui fazer uma coisa daquelas. Quem sabe deveria de vez em quando. Andei para as sombras da noite em busca de uma luz.
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