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cronicas-->Deserto verde -- 27/08/2002 - 19:35 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deserto Verde

Você que está por fora
Não se iluda caro irmão,
Um pé aqui outro ali
Vira uma grande plantação.
Não queremos enxergar
O que é ruim vai chegar
Será o fim da região.

O plantio de eucalipto
Envolve muito capital,
É o dinheiro comprando tudo
Trazendo pra nós esse mal.
São poucos os que reprovam
E são muitos os que aprovam
Para esse golpe fatal.

Deserto verde é o nome
Dessa vasta plantação,
Vamos abrir nossos olhos
E darmos também as mãos.
Depois do projeto implantado
Não poderá ser tirado
Será mais uma destruição.

Sua raiz perfura a terra
Pois ela é pivotante,
Penetrando solo à dentro
Até chegar o instante
De sugar toda a água
Deixando-nos com esta mágua
Nesta luta importante.

Onde tem esta plantação
Dentro não há ser vivente,
Passarinhos não fazem ninhos
Animais rasteiros sentem
Que invadiram sua fauna e flora
Maldita foi àquela hora
Quem plantou a primeira semente.

Depois de arrasar a Europa
Infiltrou-se aqui no Brasil,
E uma firma de Celulose
Com sua promessa vil,
Prometeram muitos empregos
Encaixando neste enredo
Misérias que jamais se viu.


Estudos já comprovaram
Onde tem esta plantação,
Que a terra fica ressecada
Deixando o deserto no chão,
Leva todo o nutriente
Que o animal inocente
Sofre a perseguição.

Só depois de sete anos
Esta árvore fica madura,
E seu tronco muito grosso
Some lá nas alturas.
E o homem com o moto-serra
Derruba ela na terra
Achando uma formosura.

A Biomassa está completa!
De novo outro plantio.
É assim que este ciclo
Absorve a água do rio,
E os homens do capital
Finge não ver esse mal
Que aflige o nosso Brasil.

Uma mata verde de eucalipto
Que de longe parece floresta
Acabar com ela é o que parece
É o que ainda nos resta.
Pois o que se planta se colhe
Confesso que não é mole
Acabar com esta festa.

Esta é a grande herança
Que a Austrália nos mandou,
Importando esta planta exótica
Para um país promissor.
Mas devemos estar atentos
Pois esse empreendimento
Está nos enchendo de horror.

De Airam Ribeiro
22/07/02

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