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Poesias-->Alquimista -- 26/01/2003 - 14:29 (Arthur Nogueira Lazaro) |
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Seria de todo o mal eu matar um sonho?
Ou apenas meter uma bala no meio dele?
Os aprendizados que foram adquiridos
Foram esquecidos juntos com a alquimia
A vontade e o prazer de voar nos céus
Derrubados como teorias e guardados
Gavetas empoeiradas e fechadas a chave
Tubos de ensaio e livros cientifícos jogados
E uma foto ali estampada e mostrada
Inspirações do desepero não julgado
E sim desprezado pelos deuses gregos e romanos
E eles são os mesmos, apenas capas diferentes
Porções de pernas de aranha e asas de morcego
O sonho de transformar ferro em ouro
Nada disso importa quando o caixão está aberto
As rosas purificando aquele corpo com seu perfume
De nada adinata os feitiços e as mágicas
Nem Deus pode fazer algo para redimir aquilo
O choro começa e a lágrima cai naquele rosto
Rosto antes rosado e agora pálido
Pálido como a neve que lá fora cai do céu
O forno das possibelidades começa a trabalhar
O relogio nunca parou seu serviço eterno
O escravo do homem e para sempre seu amigo
Fumaça e encantos, catigas já esquecidas
O ritual de um desperado pela busca
A busca de algo que jamais alguém desejou
O tempo passa, o neve cai e os dias terminam
Correr, sem dormir ou comer, correr
Os sinos batem, os cavaleiros andam lentos
Um cortejo, pessoas chorando e o fogo do poço
O poço dos esquecidos, nunca será aceso
O Alquimista chega atrasado e tudo se perde
Nem livros,profecias ou mesmo sua fé
Deixaram que ele fizesse seu ouro voltar
E não eram ferros transformados
Ele queria ser Deus por um único dia
Queria e não consiguiu cumprir sua meta
Sete palmos e uma rosa jogada
O Alquimista não conseguiu rescucitar seu amor.
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