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Ensaios-->Um Novo Mundo -- 11/09/2003 - 09:59 (Graziella Davanso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ouvi falar de um novo mundo onde não há solidão, abandono, indiferença, arrogância, fome, violência ou qualquer outra mazela dessas que nos flagelam, pois seus habitantes já conquistaram com muita perseverança a profunda compreensão de seus significados, realizando a transmutação necessária de velhos padrões.
Nele se está o tempo todo conectado, a tudo e a todos. Existe harmonia entre o que se diz e o que se faz, coerência de verdade.
Há um profundo respeito pela individualidade e livre arbítrio de cada ser, que responsável por seus atos não projeta de forma alguma respostas prontas, acabadas, fechadas, pois transformação contínua é a palavra de ordem que todos naturalmente acatam.
É cercado de sinais, símbolos e metáforas construídos no tempo. Elementos que servem de estímulo para uma reflexão mais poética e otimista da vida, ou seja, brinca-se com eles, numa séria brincadeira. Os significados ficam por conta do ser que lançado no templo de memórias profundas, no instante atemporal de contemplação consegue ver de forma não-linear passado, presente e futuro, sentido no corpo, na mente e no espírito, produzindo uma catarse que num flash amplia a consciência. Aliás, ampliar a consciência é segunda expressão de ordem. É rápido, é intenso, é luminoso.
Importante dizer que lá, os sinais não vêm do nada, nem de fora, mas correspondente à busca de cada um e a de todos ao mesmo tempo, na relação.
A evolução compreende-se acontecendo ao mesmo tempo no micro e no macro, no individual e no coletivo. A cooperação, portanto, é uma natural forma de viver e conviver. Se alguém é avistado a patinar em seu caminho, amorosamente outro alguém presta-lhe auxilio sem dar-lhe respostas prontas, porque, o processo de aprendizagem é compreendido como sendo uma construção do próprio indivíduo. Cabe a ele buscar e encontrar as respostas de suas questões. Os mais sábios apenas estimulam, motivam, acreditam e facilitam quando necessário for, mas nada impõem. Apenas ensinam como aprender. A escolha de suas ações é livre, por isso extremamente responsável. Por conseqüência ninguém culpa ninguém pelos seus próprios erros. Aliás, o erro é visto como fazendo parte do caminho do aprendiz, sem exigências e críticas efusivas, e muito menos autoritarismo.
Nas escolas existem disciplinas que ensinam a como criar empatia, cooperação, sintonia com as outras pessoas.
Sentir, pensar e agir nesse mundo são aspectos integrados, vistos como um sistema amplo, cuja matriz é uma dádiva.
Os padrões se esgotam, são finitos quando exigem emergência constante de novas e iluminadas idéias, capazes de substituir as antigas sem menospreza-las, sem excluí-las, mas transformando-as numa postura de profundo respeito por quem as construiu. É o princípio da reciclagem. O novo aprende com o velho e o velho aprende com o novo.
O cansaço aparece de vez em quando, pois há muito trabalho a ser feito, porém é tranqüilamente apaziguado em instantes de alegria e paz compartilhada coletivamente. Mesmo porque trabalha-se com prazer, cada um faz o que gosta e dá o melhor de si.
Existe um horário em que todos ao mesmo tempo se reúnem em meditação, cada um estabelecendo suas conexões instantâneas características, pois nesse mundo cada um cumpre seu papel segundo seus talentos especiais. Há espaço para todo mundo, portanto, ninguém precisa ficar criando artimanhas para competir e conseguir um lugar ao sol. Há muito tempo os padrões de memórias primitivas da luta pela sobrevivência foram transmutados. A questão agora é viver.
O profundo desejo de buscar é catalisador do movimento constante e infinito na travessia do caminho, que embora não se apresente com clareza, sempre mostra a meta evolutiva ao coração determinado.
Nesse mundo continua não havendo cartilhas, mas cada um aprendeu a descobrir que impresso em sua essência está a bússola que o orienta. Isso permite que o ser possa escutar o que realmente é relevante a si mesmo e sua comunidade. Sabe também que o outro é espelho de sua alma, parte de si mesmo, portanto, nem ousa pensar em conflitos, guerras, miséria, visto que sabe, inevitavelmente estaria a atingir a si mesmo. Ética essa desenvolvida a muito custo.
Seus habitantes sabem que o belo reside na simplicidade, em gestos e palavras, e que o caminho é mais fácil do que se imagina. Mas não se engana, sabe que há etapas a cumprir, e que a maturidade será exigida.
Ninguém se julga único conhecedor das verdades da vida. As idéias quando surgem são, antes de mais nada, festejadas, posteriormente pesquisadas, questionadas e compartilhadas, buscando um consenso de sua aplicação que seja bom para todos. É muito comum perceber que idéias vêm em ressonância com outras, e com grata constatação as pessoas não se cansam de se espantar e agradecer a iluminação. As idéias não aproveitadas no momento são guardadas porque se compreende que podem ser úteis no futuro. Nada é desperdiçado, nada é ignorado.
Seus habitantes sempre buscam a verdade com muita fé e coragem.
Humildade é uma atitude essencial nesse mundo. Postura necessária para com ele lidar e compreender que, na verdade, tudo se constitui numa grande rede dinâmica.
Existe na atmosfera desse planeta uma profunda gratidão pela existência consoladora e protetora de fontes de luz constantemente acesas e ao alcance de todos.
Diferenças continuam a existir, aliás, são elas que fazem borbulhar a criatividade nesse reino de paz, mas são muito respeitadas.
Compreende-se que, o outro, apesar de traduzir os acontecimentos segundo a sua própria busca, persegue sempre a mesma morada: o amor.
Sonho? Utopia?
Prefiro dizer que são sementes que se plantadas agora poderão germinar num futuro (talvez não tão distante), onde crianças de hoje poderão ser os adultos que colherão os frutos de um novo amanhã, de um novo mundo.
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