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Poesias-->O Preço do Conhecimento -- 27/01/2003 - 00:00 (Priscila de Loureiro Coelho) |
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Desfrutava a harmonia
Que minha vida seguia
Um tempo farto demais...
E em constante alegria
Displicente eu dizia:
-Não me entristeço jamais!
Sorria a tudo que via
A cada vã fantasia
Herança de meus ancestrais...
Afoito o coração me batia
E displicente eu dizia:
-Não me entristeço jamais!
Caminhei por cada via
Que pela frente surgia
Querendo sempre andar mais...
Assim o tempo corria
E displicente eu dizia:
-Não me entristeço jamais!
Eu vivi com ousadia
De tudo em tudo incutia
Belezas sempre imortais...
E nos meus olhos ardia
A frase que eu repetia:
-Não me entristeço jamais!
Súbito, num belo dia
Uma angústia tardia
Surgiu em fracos sinais...
Aos poucos eu conhecia
A dúvida, quando dizia:
-Não me entristeço jamais.
Tanto já me consumia
Essa dor que me doía
Sintomas quase fatais...
Numa espantosa agonia
Atônita, eu quase gemia:
- Alegrar-me....nunca, jamais!!!
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas
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