Uma pergunta que brota “aparentemente” órfã de resposta pode ser como água na nascente cristalina do rio que mesmo sem saber para onde vai, sabe que vai porque se lança.
No começo, timidamente escorre pelas pedras como lágrimas, e em seu trilhar “enganosamente decadente” se esvai, bifurca... E bifurca... E bifurca...
Em algum momento há um encontro, e então, aliadas, as lágrimas, quer dizer, as perguntas, caminham. Em torrentes despencam impetuosamente... A resposta? Onde está? Não sabe, mas identifica-se... Encontros de iguais?
Quantas dúvidas! São as mesmas perguntas? E as repostas, serão as mesmas? Ou serão diferentes perguntas para a mesma resposta? Ou serão diferentes respostas para a mesma pergunta?
Oh! Dúvida cruel! Não, não és cruel. És motor! Isso! Motor! Mas... Motor de que? Para que?
Nascente... Rio... Corre, corre correnteza!
O mar... Seria o mar a resposta? E se quando lá chegar ainda houver dúvidas? E se o mar não for a resposta?
Ela, a pergunta, por um instante se distrai, não pára, mas descansa na paisagem, contempla... E por um momento deixa de ser pergunta... Vaga a olhar para o nada e para o tudo... Tudo ao mesmo tempo.
De repente... Não mais que de repente... Um quadro desconexo, abstrato, traçado por mãos despreocupadas traz... Sabe o que? A resposta...
Se procuras... Não encontras...
Encontras... Quando não procuras...
Perguntas e respostas? Irmãs gêmeas... Nasceram juntas...
Shakespeare, meu caro! Que tal sairmos da dualidade, nem que seja por um momento? Então...
SER, EIS A QUESTÃO!