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Cronicas-->E Eu Sonhei com Dana Scully -- 29/08/2002 - 19:26 (Abilio Terra Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E Eu Sonhei com Dana Scully

Abilio Terra Junior

E eu sonhei com Dana Scully, personagem do Arquivo X, vivida pela atriz Gillian Anderson. Estávamos, eu e a minha esposa, descendo uma rua deserta, a pé, e encontramos com ela, em um grande lote vago, mas gradeado na frente, ainda bem jovem como no episódio piloto da série (que também foi exibido ontem, 28/08/02, juntamente com o último). Ela estava com uma grande bola na mão com que brincava, e sorriu alegremente para nós, quando a minha mulher quis interromper a caminhada para com ela conversar, estávamos bem próximos, e eu, com a minha proverbial distração, continuei a caminhar, no que minha mulher me acompanhou. Abanamos as mãos para ela, a medida que nos afastávamos, ao que ela respondeu, sempre sorrindo, abanando as mãos para nós. Eu continuei abanando as mãos para ela, insistindo, e ela deu uma gostosa risada, chegando a se agachar no chão, de tanto rir, já estávamos mais distantes. E assim nos despedimos de Dana Scully, que, junto com Fox Mulder (David Duchovny), formaram o par central da série Arquivo X, durante a maior parte dos nove anos de sua existência.
Assisti, por acaso, a alguns episódios e fui me deixando levar, juntamente com a minha família, pela trama misteriosa e muito bem urdida pelo seu criador, Chris Carter, assessorado por uma numerosa equipe. Cada episódio nos envolvia cada vez mais na trama, em que se misturavam extra-terrestres com conspiração do governo, abduções, implantes de minúsculos dispositivos para controle das pessoas por eles escolhidas (entre as quais a própria Scully, que, aliás, já no episódio piloto descobre dois pontos vermelhos nas costas, um pouco acima da calcinha, e os mostra a Mulder, que os examina e responde, com um sorriso, que são apenas picadas de insetos, ao que Scully com ele se abraça, já prenunciando um futuro envolvimento amoroso entre eles, o que só se confirmaria bem ao final da série), seres híbridos de Ets com humanos (que faziam parte do grande plano, envolvendo um grupo de importantes e influentes senhores, que tomavam suas decisões em conluio com os Ets), misteriosos personagens que surgiam sempre que Mulder e Scully se encontravam em um beco sem saída para dizer a Mulder o que fazer, a abdução da irmã de Mulder, que, ao final, se sabe que fora autorizada pelo seu próprio pai, pois ele também fazia parte da conspiração junto com o "Canceroso", o sinistro fumante inveterado, que, posteriormente, se sabe ser o verdadeiro pai de Mulder, o meio-irmão de Mulder que, no último episódio, reaparece, com o rosto horrivelmente deformado pois seu pai tentara matá-lo, para depor a favor de Mulder.
Sonhei, também, com uma empresa, em uma casa de madeira, onde adquiri um livro, no qual havia dois grandes mapas, que focalizavam, sob diversos aspectos, a famosa série. Abri os mapas e os fiquei examinando, bem curioso. A empresa atuava em áreas diversificadas, como pude verificar ao ler os dizeres afixados nas portas, como treinamento de voz para apresentação em público etc. Guardei o livro e os mapas com carinho, para depois lê-los com calma em casa.
Mas, retornando aos dois últimos episódios da série, intitulados "A Verdade", apresentados em conjunto, ontem, durante o julgamento militar de Mulder por uma corte constituída por altos dirigentes do FBI (entre os quais há um que não é humano, segundo a denúncia do jovem que consegue ler as mentes das pessoas por ser superdotado e que é, também, um dos elementos-chave da trama), preenchem-se as lacunas e se respondem às dúvidas que ainda restavam.
Com a queda de um meteoro na Terra, ainda na época pré-histórica, os homens da época, em contato com um vírus extra-terrestre trazido pelo meteoro, se tornam seres híbridos. Essa raça, no entanto, desaparece em 35.000 a. C., mas o vírus permanece latente, no petróleo, e retorna à existência já em tempos recentes (o que foi apresentado em Arquivo X - O Filme), dando origem, de novo, aos seres híbridos, destinados a serem escravos dos Ets. O próprio filho de Scully, ainda bebê, é um deles, dotado de poderes extraordinários.
O julgamento, na verdade, é uma farsa, pois o militar "morto" por Mulder é, na verdade, um super-soldado, indestrutível. Mas Mulder consegue fugir, ajudado por Scully, os agentes John Dogget (Robert Patrick) e Monica Reyes (Anabeth Gish) e o Diretor Assistente Skinner, além de até amigos e conselheiros seus já mortos, mas que reaparecem nesse momento crucial.
Ele, entretanto, em vez de se dirigir com Scully para o norte, onde atravessaria a fronteira canadense, vai para o sul, para o Novo México, onde, em ruínas indígenas milenares, procura pelo Velho Sábio protetor da verdade, quando se depara, surpreso, com o Canceroso, que ainda continua fumando, por um furo na garganta. Este conta a Scully o que Mulder já sabia, mas não lhe dissera para preservar a sua integridade, a data do ataque derradeiro e fatal dos alienígenas a Terra, 22/12/2012. Segundo o Canceroso, os Maias, ao tomarem conhecimento desse fato, chocados, interromperam o seu calendário nessa data, como um prenúncio do que estava por vir.
Mais uma vez, Mulder e Scully fogem, e, em um motel de estrada, Mulder se lembra do início, quando, em um motel como aquele, começaram a sua longa, intrigante e perigosa jornada. Scully, então, lhe diz que sabe que ele nunca desistirá da sua constante busca da verdade e ele comenta que talvez ainda haja esperança. E se abraçam ternamente, pois se amam.
E assim se encerra o Arquivo X, pelo menos, em formato de série para TV. Cogita-se de um novo filme, em 2003. É verdade que, com a saída de David Duchovny, ao final do oitavo ano da série, houve um "baque" no seriado, com os fãs sentindo sua falta, daí Chris Carter ter decidido pelo seu término.
Mas, muitos insistem que Arquivo X poderia continuar, com a nova dupla de agentes do FBI, John Dogget e Monica Reyes, ajudados por Scully, como já vinha ocorrendo. Entretanto, outros opinam que a série acabou na hora certa, antes que se "esvaziasse" inteiramente.
De qualquer forma, Arquivo X (como outra série também famosa, criada por Chris Carter, Millennium, que não mais existe) permanecerá para sempre no imaginário de milhares de admiradores em todo o mundo, que seguiam, com avidez, toda semana, as peripécias admiráveis e incansáveis de Mulder e Scully em busca da verdade.




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