Daqui da rua,
dos olhos de quem enxerga,
quase tudo se pode ver.
Atras das costas a riqueza,casarios e as montanhas,
No peito a historia,
Na voz o embargo,no corpo a danca,
nas maos trabalho.
Por debaixo da unhas ouro cru e terra.
Vestimentas simples e manchadas de carvao,
mas feitas de algodao.
Do pe cansado ao calcanhar duro e rachado
os passos sao dados
Para senzala ou para dentro do casarao.
Com o tempo nossas almas se vestem de religiao e o corpo das nossas mulheres abortam a nossa cultura .
Nossa cor nao tem direitos,
Nossas cabecas um so sentido,
Para o chao.
Forca vinda de cima para baixo.
Do nosso labor a prosperidade,
Seja para la ou para ca.
De colonia a vila,de vila a cidade,
num futuro prospero metropole.
Independencia concedida para eles e para nos.
Do brilho do ouro e do tijolo de barro a esperanca.
Eles ja tem suas igrejas,
seja no centro,no sul, norte,leste ou oeste.
Nossos tambores que mal podem ser tocados um dia terao seu lugar,
nossos objetos tipicos serao um dia topicos de decoracao colocados em suas igrejas, e eles jamais saberao.
Nos olhos, o frio, no ouvido o sinos de todos os dias,
No coracao a Africa e na vida Ouro Preto.
|