A TRISTEZA que os alegres embriagados pelo falso vinho vêem em mim como um castigo, é o vôo mais alto da minha alma. É o gozo silencioso do meu espírito. É ainda o planar de um coração que povoou as alturas de uma eternidade antecipada a um dos poucos privilegiados, a quem foi mostrado aquilo que está oculto à maioria dos mortais,.
A POBREZA que os ricos dos falsos tesouros perecíveis vêem em mim, é o despojar de uma alma enriquecida do mais sublime tesouro. É o descanso do espírito que se acostumou a se assentar todos os dias à mesa do banquete celeste, tendo dum lado todos os filhos dos anjos, e do outro os cantores dos corais da Montanha Altíssima, nesse animado degustar de iguarias desconhecidas ao paladar dos outros.
O SILÊNCIO que os filhos do barulho criticam em mim, e o desfrutar das mais sublimes melodias que o homem jamais pode imaginar. É o apreciar, mesmo entre esse barulho enlouquecido, das palavras dos discursos da encantada e criativa Sabedoria, que derrama nesse coração essas palavras que não sei repetir, mas que me deixa com esse sotaque das terras do além, povoadas pelos novos filhos do Sol...