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Poesias-->A Tragédia de Autrácio em verso -- 30/01/2003 - 16:56 (Eduardo Badaró) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








A SEPARAÇÃO



Ah! minha esposa,

Ladra, sutil que vive a meu lado

tenho culpa se não hás velado

essa parte que me pertence?

Pois, por mais sua que pense

minha é! Não resta dúvida.

furtado foi na noite estúpida

em que tu sem mais me seduziste

noite cuja lembrança ainda existe

em que tonto fui eu de me entregar

para então toda vida amargar

os momentos de decepção

que tenho vivido desde então

Bobes o dia todo no cabelo

me levando ao desespero

a gordura protuberante

do teu passado tão distante

Ah! E antes que me esqueça

Sua eterna dor de cabeça

E agora olhas para mim com mágoa

com os olhos cheios d água

pois soubeste que à noite andei

com quem esta noite bem pensei

e agora me acusas de traidor egoísta e ordinário!

Estúpido, boçal, mesquinho e salafrário!

Mas sei por que me ofendes nesta hora.

E não é por ter eu chegado depois da aurora

E sim por ter no seu cofre de cristal

conferido num momento banal

a falta do conteúdo precioso

O objeto fruto de plano meticuloso

em que ter minha alma era intenção

E que não estava lá, a disposição

pois nesta noite minha ex-dona,

peguei de volta meu coração

ADEUS!



------------------------------------------------------------------------------------------------------



Já acomodado em um kitinete, Autrácio, cai na farra acompanhado sempre dos mesmos colegas de trabalho, todos mais novos que ele. Numa dessas noitadas ele conhece Lidia, uma loiraça de vinte e três anos, de idade , e mais de dez de cama, e a convida para ir ao seu apartamento no dia seguinte,

Nesse mesmo dia sai o tão esperado desquite .





O DESQUITADO NU

Hoje é o dia !

dia mais feliz da minha vida

tenho um encontro marcado

com a minha doce querida

Ela é loira alta e esguia,

e eu espero ela pelado,

Mal contendo minha alegria.

E pensar que há anos tenho esperado

por esta carta de alforria

liberto da escravidão a que estava atado

leio o desquite sentado

(na pia)

Ando para lá e para cá

Com "ele" balançando sorridente

sabe que pra ele eu quero o melhor

por isso está tão contente

De quando em vez

"ele" fecha a cara

fica meditabundo e indiferente

é a lembrança da mocréia

que invade a "sua mente"

mas logo volta a levantar

"seu orgulho" abalado

quando vem "à sua cabeça imponente"

a loira que "ay" falado







O TRIUNFO DE AUTRÁCIO

Eis que chega o grande momento

Ela entra pela porta adentro

Olho nos seu olhos, tomo alento

Ela olha pra "ele" com [espanto]

E sem demora mostro meu intento

Arrastando-a à cama com talento

atirando sua roupa contra vento

metendo-lhe canal adentro



Começo a princípio lento

me segurar o máximo eu tento

pensando em futebol ,cricket, jumento

enquanto isso o ritmo aumento

E ouço seu gozo bem em [tempo]

e tudo terminado na cama sento

Na minha cabeça: possível rebento

Sífilis, Gonorréia, Aids.; Deus que tormento.







Na manhã que se segue, Autrácio se da conta dos riscos que os anos noventa oferecem. Chega à conclusão de que Lídia não é mulher para ele e promete tomar mais cuidado e escolher melhor suas companheiras de cama. E lembra por um instante de sua ex-mulher.





NA MANHÃ SEGUINTE



Depois da noite mal dormida

procuro em vão uma ocupação

Pra tirar da cabeça minha querida

motivo de tanta preocupação

penso na mocréia

com quem nunca estive preocupado

pois que para com ela trair-me tenho idéia

teria de estar muito desesperado



Saio à rua mais contente

alimentação o pensamento:

de nunca mais ver a serpente

com quem dividia cada momento





Aparentemente de nada adianta a promessa de Autrácio, e ele acaba caindo na noite mais "barra pesada". Fuma maconha pela primeira vez, e começa a se acabar na boemia. Passando as madrugadas de bar em bar junto com os "boyzinhos" da cidade.







O GAROTÃO



sexo drogas rock n roll

em busca da juventude perdida

-que noite com meus amigos!-

essa é a vida que eu queria

até chego a esquecer

que quarenta e três já venho a ter

me sinto com vinte e cinco nesse bar

até o dia raiar

para só então lembrar

da minha idade enfadonha

numa ressaca medonha

acho que vou vomitar!



Numa dessas manhãs...



Oh! Manhã de agonia

Que faz-me arrepender

dos momentos de alegria

- Quem mandou eu beber!-

Oh estômago irado...

- Ei! Quem é essa do meu lado?

- Meu Deus estou ferrado!

- Mais que doze acho que tem.

- Terá mais de quatorze também.

Ai! cadê o sal de fruta...?

- Ih! E se for Puta?

- Será que camisinha usei?

- Se usei por aqui tem que estar!

- Achei!

- Furada !?...

... vou me matar!







E alguns dias depois no urologista...



D.S.T.



Ai! doutor que é que eu faço?

Começou tudo num comichão,

depois veio o inchaço,

e o ardor na região.



Doutor, ouça meu apelo!

Está difícil até falar,

até parece um pesadelo,

cada vez que vou mijar.







O tratamento:



Ai que dor !

é a ultima injeção

já não posso nem sentar

foi minha ultima marcação

sem camisinha nem pensar!

aprendi minha lição!



BROCHADA



Vamos menino,

O que afinal lhe acontece

olha esse corpo feminino

e logo agora você amolece

Você nunca me fez isso

e eu que sempre tive tanto orgulho

de ter dado sempre conta do serviço

agora exibo esse bagulho

que mais parece um painço



Vai levanta filho ingrato!

Avante campeão!

Eu Juro: nunca mais te maltrato

Não faz isso comigo não!

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