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Contos-->Esperarei por ti até à Eternidade! ( Um conto poético ) -- 23/11/2002 - 22:53 (cumpadri) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
‘Talvez amanhã ou depois quem sabe...’


Porquê? Qual foi a razão?


Porque não disseste por palavras ou por actos aquilo que sentias?!


Comecei a amar-te instantes antes de te ver, o mesmo me diziam os teus olhos: não se desviavam dos meus, brilhavam de desejo, contentamento e felicidade como os meus, mas porquê?


Porque desviaste os teus lábios dos meus quando te tentei beijar, acarinhar, amar?


Porque não disseste como eu te disse amo-te?


Disseste apenas, para meu desespero, ‘talvez amanhã ou depois quem sabe... ‘


Não julgues que não percebi, querias dizer que Amanhã me dirias que me amavas, mas...


‘Mas’, a vida está cheia de ‘mas’, tem demasiados ‘mas’ e com vinte anos um só ‘mas’ já é demais, quanto mais vários...


E esses muitos mas ainda incluiam o teu!...


Porque disseste ‘Amanhã digo amo-te’ , no presente em que eu queria que o tivesses dito Ontem!


Cada semana, dia, minuto, segundo que esperava por ti parecia uma eternidade, era como se o Mundo se tivesse voltado contra mim e criado várias eternidades só para eu esperar por ti durante todas elas, foi durissímo, por te amar de mais!


Não consegui!, não resisti!, logo não esperei pelo Amanhã que na realidade estava tão perto, mas dentro de mim parecia nunca mais chegar, amava-te em demasia!


Não esperei, troquei-te por ela, sim por aquela que tanto odeias, que tanto odeio, sem que tenha culpa alguma, era a mim que devias odiar, era a mim que devia odiar e odeio!


Sim!, odeio-me!, já não consigo viver comigo! Queres que confesse onde estou e o que faço? Eu sei que queres!


Estou sentado numa mesa suja, imunda, de um café ainda mais imundo, nojento, situado nos quintos dos Infernos! É nesse lugar esquecido por Deus, maldito, que estou por não ter esperado, por ter fugido do meu amor e do teu.


À minha frente está um copo com cicuta que tenciono beber depois de acabar a minha confissão, a minha expiação; ironia do destino, o veneno que matou Sócrates, um dos Homens mais inteligentes que viveu à face da Terra, irá matar um dos mais fracos, dos mais burros que vive presentemente neste lindissímo Planeta azul,...


Neste malditissímo, tristissímo e cinzentissímo Planeta!


Porque não disseste amo-te Ontem, nada teria sido assim!


Não! A culpa não foi tua! Eu podia ter esperado!


Não! Eu devia ter esperado!


Por aquela, que tanto odiamos sem razão alguma, esperei o que foi necessário e mais teria esperado, pouco a amava, não custou nada, e esperava e voltava a esperar, mas por ti não!, pelo teu abraço, pelo teu beijo, pelo teu carinho, pela tua palavra, pelo teu amor não esperei!


Ah! Como me amaldiçoo por o não ter feito, por ter sido fraco, burro!


Depois de desistir de ti o que me restou?


Deixei de te esperar, para ficar à espera do quê?


Hoje sei, depois de me teres dito ‘ Amanhã’, mais
valia ter esperado pela tua palavra, pelo teu beijo, mesmo que nunca viesses, do que ter desistido e ficar apenas à espera da morte que sempre chega...


Sempre chega!?


Então porque esta pressa?, porque este copo de cicuta? A morte com certeza mais cedo ou mais tarde virá!


Não!, desta vez esperarei!


Devo, tenho de esperar, não serei fraco, não cometerei o mesmo erro duas vezes, já que não esperei que a vida te trouxesse, esperarei que a morte leve para bem longe de mim os meus tormentos, pode ser que entretanto alguém ou alguma coisa te traga.


Apesar de já ser tarde ficarei aqui ou ali, por qualquer lado aguardando a morte ou quem sabe se simplesmente à tua espera...


Sim, a partir de hoje, esperarei por ti até à Eternidade!


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