Meu caro amigo Almir
Em outubro ,ano passado
Eu e Milene Arder
Num dia de feriado
Correndo em busca de assuntos
Fizemos um cordel juntos
Como este aqui ,pé quebrado
Era noite e eu acordado
Pensei cá com meus botões
Hoje falo com Milene
Nem que chova aos borbotões
Eu acordo esta menina
Minha amiga gente fina
Nesta língua de Camões
Fiz umas dez ligações
E finalmente a acordei
Não se perde a majestade
Se algum dia se foi rei
Fizemos” Nós do Cordel”
Foi uma sopa no mel
Jamais eu esquecerei
Milene assim desafiei
Pra´falar dos cordelistas
Os menestréis do Usina
Nossos amigos, os artistas
Colocamos no papel
E assim a turma do cordel
Passou pelas nossas vistas
Fizemos as nossas listas
Descrevemos todo mundo
De uns falamos pouquinho
De outros nós fomos fundo
E prá falar a verdade
Digo com sinceridade
Foi um trabalho fecundo
Não sei se aqui confundo
È uma possibilidade
Você andava sumido
Naquela oportunidade
Um pouco que você some
Pode acreditar homem
Prá nós é uma eternidade
Falo com naturalidade
Que não esquecemos nínguém
José Kappel e o Benedito
Antes com eles que sem
Se estivessem no Usina
A Milene essa menina
Não esquece homem de bem
Vale aqui falar também
Da Socorro Xavier
E do Olavo Bilac
Que é outro que boto fé
Esses ainda não estavam aqui
Mas esqueci este guri
O Jota B Xavier
Não se faz sempre o que quer
Como que pude esquecer
Também o Antonio Albino
Com muita coisa a dizer
Minhas desculpas sinceras
Peço-lhes agora deveras
Nem vou pagar para ver
Aqui vai meu parecer
De um que faço conjunto
Falo aqui do José Dantas
Que todo mundo o quer junto
Não esqueci dele não
Pro cordel dele ser bão
Vai ter que piorar muito
Este é um caso fortuito
Como brilhante em garimpo
O Dueto no Usina
Não caiu assim do Olimpo
Sem fazer muito escarcéu
Milene mudou “Nós do Cordel”
Prá ”Republicado agora Limpo”
