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Ensaios-->A feição artística sob o olhar da estética -- 11/06/2004 - 19:46 (Flavia.s) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Discutir arte ou ao menos entender o que está explicito ou implícito nela, significa em primeiro plano deixar que se estabeleça uma conexão entre o observador e o autor da obra. O campo da estética é primordial para essa interação, pois dependendo de como a obra foi feita, ela irá provocará diferentes sensações podendo seduzir o observador ou não.
As obras de artes podem ser caracterizadas pelo o que chamamos de segmentos a qual foram construídas, entre estes, podemos mencionar o belo, o feio, o trágico o cômico, o sublime dentre outras manifestações. Todas essas dissidências da arte, pelo qual a estética se propõe a analisar, são elaboradas propositalmente, a fim de concretizar um determinado discurso poético da obra. Há dois conceitos antagônicos da estética de grande relevância histórica: o belo e o feio. Ambos provocam reações opostas pelo fato de que a associação histórica do senso comum remonta o belo para sinônimo de bem e o feio de mal.
A beleza foi algo convencionado na arte e se apóia em três pilares básicos: ordem, proporção e simetria. A fusão destes três elementos resulta na harmonia e no equilíbrio da imagem atraindo a atenção do leitor por essas formas suave e singela que proporciona. Esse padrão estético é algo imutável, resistiu desde a época do Renascimento, portanto é universal. Entretanto, no período literário do Romantismo, o belo ganha outra conotação: deixa de ser apenas imagem para ser também simbologia da personalidade, tal qual fez Velázquez e Rembrandt em seus quadros. Inquietação, medo, angústia, carregado pelos personagens transformaram a monotonia da face.
O feio, priorísticamente, causa inquietação e desgosto pela desordem da simetria. No entanto o feio carrega consigo uma aura misteriosa e dependendo de como o feio é trabalhado, pode-se construir uma nova imagem reveladora de uma personalidade boa. Mas o bom neste caso não seria sinônimo de belo, significaria apenas uma outra reconstituição do impacto estético, que nos é causado; ou seja, o feio não se embeleza, se tranfigura. Um exemplo seria a história infantil, A bela e a fera. A poética é construída através de uma história que evidencia o paradoxo do belo e do feio e dá a este ultimo uma outra conotação. O feio geralmente é artisticamente criado e na maioria dos casos sempre tem o seu espaço. Tomam a cena e toda a emoção da trama.
Outras tendências estéticas de relevância paradoxal seria o trágico e o cômico. Analisando dentro de uma perspectiva cinematográfica, essas tendências causam sensações similares ao belo e ao feio, ou seja, poderíamos até concluir que o cômico é belo, por que sempre existe o “happy end”, final feliz e o trágico é feio, por que não há final feliz. Não vamos aqui generalizar que os cômicos são fúteis, Carlitos em seu cinema mudo, nos mostrou o contrário. Mas, as produções de Hollywood se enquadram no exemplo da futilidade. São filmes comerciais em sua maioria e apresentam uma performance e produção onde há a exploração do belo, representados por heróis e o feio por bandidos. Não há nenhum enigma que prende o espectador, tudo é muito obvio. Já os filmes de artes, comumente chamados, focaliza outro ângulo. O ângulo dos símbolos, da poética contida no filme, nos personagens e sua essência interior. A forma como a câmera focaliza as imagens de maneira minuciosa instiga o espectador a refletir sobre o tema proposto, há uma razão de ser, ligada a construção da obra. Todas essas percepções do imaginário passam pelo campo da estética. A importância de saber diferenciar e entender as suas categorias, certamente irá contribuir para um melhor contato entre o observador e o autor da obra de arte.
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