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Ensaios-->Nossa Língua que Beleza -- 07/07/2004 - 22:00 (Cristal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para não descarrilar na nossa língua que beleza hoje iremos analisar os novos vocábulos que estão surgindo.

Nesta região central do país muito nos admira o uso de “trem”. A nação inteira sempre achou que só mineiro que usa trem, mas não é verdade. Não é exclusividade deste povo doce. E pegando o bonde neste assunto... Tratando-se de transportes coletivos, nas grandes capitais muitos usam trem. Mas no sentido literal (aquele dos livros, não, não pode ser dos livros, porque trem pertence a fala...) a palavra trem, como dizia o meu antigo professor carioca um dia na aula de inglês explicou que a melhor tradução para o verbo To GET era o mesmo de COISA. Imediatamente neste instante de luz (iluminado por lâmpada alógena, sim porque aquela estilo Thomas Edson é do milênio passado) a definição de TREM surgiu na minha cabeça: afinal, coisa e trem são sinônimos da língua que beleza. Sim. Se você realmente pensar, onde você conseguir encaixar a palavra coisa, também funciona com a palavra trem. Você vai perceber que isso não é uma coisa difícil, ou melhor, um trem muito difícil não, veja o exemplo: Me dá essa coisa. = Me dá esse trem. Outros exemplos mais construtivos e reais: Me deu uma coisa. = Me deu um trem. Estou com vontade de comer uma coisa. Estou com vontade de comer um trem. Enfim como podermos perceber trem nunca está sozinho, é sempre engatado numa composição. Então a partir de agora, todos, sejam lá em qualquer parte do país, podem entender o real significado desse trem e não mais sair dos trilhos para compreender o que esta sendo comunicado.

Mas nossa explicação de hoje não acaba por aí. Temos muitas novidades. A primeira delas é o surgimento da palavra “Marmitec”. Você já deve estar se perguntando de onde veio isso, mas é isso mesmo. Da junção da civilização das grandes cidades, ou seja, do povo expurgado com o povo expurgante. A palavra marmitec é fruto da conjunção linguísistica e logística, da junção do culto a modernidade e a retomada do passado clássico pastoreiro: “marmita com tecnologia”.

Diga-se de passagem, que é a comida que vem embrulhada em forma de disco voador, no papel alumínio pré formatado, tipo prato feito embrulhado, que aceita viagem a pé, bicicleta, moto ou kombi (não esquecer do acessório indispensável:da sacolinha de plástico transparente, se não queima a mão...) para se comer em qualquer lugar e a qualquer hora, vulgo macdonalds de arroz e feijão acompanhado de macarrão no lugar da batata frita.

Não confundir com “quentinha” e outros similares já que este pode ser frio, requentado e é “montado” na hora da compra. (E a quentinha é sempre feita de véspera.).

Mais ou menos da mesma origem, temos o termo incorporado a nossa língua que beleza, por processo de assimilação de praticidade e de economia de conhecimento, espaço e tinta para a fachada e etc, o vocábulo: “serv-serv”. O contexto em que é utilizado é um só: fachada de restaurante de comida por quilo. Ex. “Restaurante serv-serv”. Tendo como origem o inútil culto e mal gosto de enfiar inglês onde não é chamado na tentativa de parecer o que não é, deu nisso “self-service” transformou-se em serv-serv sendo recomendado NGB (“NãoengulaGoelaBaixo) o Não uso de nenhum dos termos sob e pena e risco de parecer ridículo em ambos os casos.

Por hoje é só.
Ah, já ia me esquecendo:
No nosso próximo encontro analisaremos minuciosamente a expressão redutora de quantidade exagerada ambiciosa pronunciada por uma criança de 03 anos: “Mãe, me dá um poucão assim”.

Num dia de junho de 2004.
georgiamn@bol.com.br
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