ILUMINADO
(para Caetano Veloso)
“...Sou um homem comum...”
canta, iluminadamente,
o mais incomum dos poetas.
E não mente.
Porque, nos tempos de hoje,
o normal - o comum -
é ser diferente.
Eu sou um homem comum
e ouço a música límpida
do filho de Santo Amaro.
E seu coração de poeta
projeta-me a tal lucidez,
que, ouvindo-lhe a voz,
hospedo-lhe a luz
que habita entre nós.
...E sou mais um.
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