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Ensaios-->mãos trêmulas -- 19/10/2004 - 20:45 (Zerbinato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MÃOS TRÊMULAS

Mãos trêmulas, que juntamente com as pálpebras e a voz, formam um agonizante trio, de medo, insegurança e desespero.
Mãos trêmulas, que sem força, não mais consegue se erguer, e nem ao menos erguer seu dedo indicador e apontar para o seu caminho.
Mãos trêmulas, viciadas, que somente sustentam o peso de um cigarro e um copo de café, nada mais.
Até quando? Fico me remoendo, perguntando:
ATÉ QUANDO?
Esse tormento sem fim, essa torturante desilusão e miserável descrença irá me ferir?
Só quero poder ter controle, controle de mim mesmo, de minhas emoções.
Quero apenas pode sorrir e me divertir...
Estou sozinho, mesmo no meio da multidão, sempre estou só, ando de um canto para o outro incansavelmente, procuro rostos conhecidos, troco umas poucas palavras e novamente estou só.
Às vezes isso é bom, pois tenho tempo para refletir, pensar comigo mesmo e saber o que está errado, às vezes, apenas às vezes.
Na maioria dessas ocasiões, me sinto sufocado, tenho vontade de gritar, de chorar.
Quero fugir, quero estar bem, fazer as pazes com meus pensamentos, estar em harmonia com meus valores e conceitos, pré-conceitos????
Sim, por vezes, sim.
Mas como fugir de mim mesmo, como me esconder de minha própria sombra?
A única resposta: Vazio, escuridão.
No escuro minha sombra nunca está lá... no escuro, não posso nem ao menos ver meu reflexo no espelho, meu reflexo, essa triste silhueta, cansada, com olheiras pesadas, de mil noites sem dormir, acabado, desgastado, descrente.
Descrente de mim mesmo, agora, penso, não tenho mais vontade própria, não tenho nem controle sobre meus desejos, não controlo nem ao menos minha vida.
Como controlar algo que não tem destino?
Mãos trêmulas, novamente, mas sei como faze-las parar, é ridículo, idiota e redundante, mais um maço de cigarros, mais um litro de café, e pelo menos na próxima meia hora, tudo estará calmo...
Pelo menos enquanto minhas mãos não mais estiverem tão cansadas, agoniadas e... trêmulas...

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