Ter apenas uma mulher
é ter várias deusas
que juntas ou separadas
nos fazem felizes
mesmo que não as compreendamos...
Afrodite, deusa do amor;
Ártemis, da natureza;
Atena, da civilização;
Deméter, da maternidade;
Perséfone, do mundo inconsciente; e,
Hera, do matrimônio.
O que mais me cativa é esse teu jeito de mulher:
Introvertida e tão despojada;
mística e ao mesmo passo racional;
sensitiva e tão determinada;
perspicaz e tão sutil;
fascinada com os mistérios e tão transparente;
sabe lidar com o mundo de maneira natural;
sempre perseguida, mas nunca derrotada;
tem nuances de bruxa, mas sabes amar como fada;
tão sábia que deixa a sabedoria de lado só para apreender mais da vida humana...
Tu és mais que isto;
foi, era ou somente Hera...
Se sente em casa
mesmo quando não há paredes;
tu dominas, mas deixas o teu homem comandar;
és digna e não cedes o teu direito para os outros;
és a rainha do céu; e,
da terra, és o Amor...
Sim, és Afrodite quando queres,
mesmo essa sendo tua inimiga,
para ser Mulher sabes dá a devida trégua...
Tu és amante da música e da poesia,
aliás, tu és o poema que respira, fala, canta, ama, Ama e sentes o frescor da vida, mas na cama és soberana,
pois és guerreira como Atena.
Hoje, não te fiz nenhuma homenagem, mas apenas tentei fazer uma prosa poética para lembrar-te que, mais um dia, de todos que te pertencem alguém se lembrou de ti...
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