Sabe, desde que abandonei minhas sessões matinais de Cavaleiros do Zodíaco me convenci de que nunca mais entenderia como alguém conseguiria viver permeado por uma constelação... Mas como sempre o tempo, esse inevitável intruso, vem e nos ensina que o verdadeiro tesouro não é ter em nossas mãos miríades de estrelas, mas sim ter a oportunidade de observar uma em especial.
E de estrelinha em estrelinha... de cometa em cometa... de buraco negro em buraco negro... acabei descobrindo você. Proveniente do longínquo emaranhado de Andromeda surge Shun, um cavaleiro não do zodíaco e sim da realidade...
Ele vem voando pelos ares sucateados de uma cidade universitária do interior, ao som de Marlyn Manson. E não apenas ao som...
Chega com a sua armadura negra, irradiando muito mais do que a bruma espacial... E com seus super-poderes de piromaníaco espalha o terror pelos DER s e DELIN s.
Mas em seus olhos carrega o brilho indestrutível da juventude e nos seus lábios o sorriso de uma vida regrada pelo hedonismo. Milhares e milhares de episódios já se passaram (Aventuras de Shun de Andromeda) e narraram a saga de mil e uma noites, de mil e um tragos, de mil e um copos vazios espalhados pela mesa... (PS: não cuspa na taça em que bebeu... cedo ou tarde tomarás dela de novo e sentirás o amargo da tua existência)
E diferente da época que eu assistia o seriado deitada na cama tomando nescau, hoje sou figurante em cada um dos capítulos (ou em parte deles). E como toda mísera mortal salva pelas mãos do mocinho (homem,) da história eu tenho que te agradecer: "Shun, obrigada por me mostrar esse lado da galáxia... nos encontramos na sala da justiça, para um último trago com nossos amigos heróis, que nada mais são do que esses que vivem cada dia ao nosso lado."