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Cronicas-->O gato e os pombos -- 03/09/2002 - 15:40 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

No cenário natural o homem espalha sua espécie e atrapalha o desenvolvimento das outras, com suas múltiplas ações não muito bem coordenadas. Entre as "obras" dos homens estão a disseminação de diversos animais pelos continentes, alterando o equilíbrio tão delicado dos ecossistemas. Podemos citar como exemplo os porcos espalhados pelas ilhasa da Polinésia, que destruíram parte do habitat, obra de marinheiros ingleses, os coelhos espalhados pela Austrália, nova façanha inglesa, os pássaros diversos espalhados ao redor do mundo por navegadores e famílias de boa índole que abandonaram bichos de estimação, que se incorporaram à fauna dos continentes e alteraram toda a história.
Entre os bichos mais pestiados que foram largados por todos os cantos estão os pombos, que atraindo a atenção de crianças por seu aspecto delicado, são depósitos de piolhos naturais, além de carregar outras doenças.
Foi em Sabará durante as férias que pude ver a quantidade de pombos sobrevoando telhados, igrejas em ruínas e outras construções que pude assistir a um episódio interessante envolvendo pombos idiotas e um gato decente, destes que ainda caçam e respeitam a natureza predadora dos felinos.
A igreja inacabada dos escravos de Sabará é um grande depósito de pombos comuns, destes que infestam as grandes cidades. Logo ao chegar na cidade visualizei a praga.
Em meio às dezenas de pombos vi um gato, e praguejei contra a preguiça dos felinos urbanos, acostumados com rações e macarrão, que para nada servem, deixando de lado ratos e outros bichos que antigamente eram seus inimigos naturais. Praguejei sem razão.
Tendo caminhado bastante pelas ladeiras culturais de Sabará, parei para descansar nas ruínas. Uma menina acompanhava o movimento dos pombos e viu quando um deles, próximo do local onde estávamos, caiu, aparentando ferimento nas asas.
Logo surgiu o gato, que parou esperando alguma reação minha ou da garota para aprovar ou impedir o curso da natureza. Sorri, esperando que o gato desse o bote no pombo. A menina ficou apreensiva, com pena do animal emplumado.
O gato, digno predador da família dos felinos, sapecou uma patada na cabeça do pombo e carregou seu almoço para longe de nossos olhos. Fiquei feliz com a empreitada do gato. A jovem triste.
Expliquei que a natureza é assim mesmo, e que se o gato não caçasse aqueles pombos até os humanos poderiam ser prejudicados. A natureza tem que ser respeitada, a despeito de nossos sentimentos. Foi isso que aquele gato fez, contrariando a natureza dos gatos urbanos, burgueses e preguiçosos.
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