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Artigos-->Brasil - Demografia -- 06/03/2012 - 09:04 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 



BRASIL DEMOGRAFIA



Edson Pereira Bueno Leal, março de 2012 .



 



 



 



ORIGEM DA POPULAÇÃO BRASILEIRA



 



Um conjunto de pesquisas , comandadas pelo geneticista Sérgio Danilo Pena da Universidade Federal de Minas Gerais chegou a conclusões interessantes . As pesquisas traçando um perfil genético do povo brasileiro concluíram  que 97% dos brancos brasileiros têm ancestrais europeus pelo  lado da linhagem paterna, 2% ameríndia e 1% africana  , porém pelo lado da linhagem materna 39% são européias , 33% ameríndias e 28% africanas . Ou seja , pelo lado materno , 61% dos brasileiros têm herança genética indígena ou africana em seu patrimônio genético.



As pesquisas confirmaram aquilo que os historiadores já haviam demonstrado de que os brancos colonizadores ou imigrantes tiveram filhos em larga escala com as índias ou africanas  . ( Revista Veja , 20.12.2000 , p. 102 a 109 ) .  



O Brasil está apresentando indicadores demográficos mais parecidos com países desenvolvidos . Há mais casais sem filhos ( 30%), as mulheres contribuem mais com as despesas da casa ( 34%), há mais lares sustentados por um chefe de família ( 22% ) e o número de pessoas por domicílio (3,3) , está próximo ao de Portugal ( 2,8)  . ( Exame, 11.08.2010, p. 16) .



 



BÔNUS DEMOGRÁFICO



 



O Brasil vai experimentar nas primeiras três décadas do século 21 o os benefícios do chamado “bônus demográfico”. Representa o efeito combinado da queda nas taxas de mortalidade e natalidade , no aumento na proporção de adultos em idade produtiva e da participação feminina no mercado de trabalho  e na redução do número de filhos por família e de pessoas por domicílio.



De 1950 a 1980 , a renda criada para atender a uma população que crescia a uma taxa anual de 2,8% . Para o período de 2000 a 2030 , estima-se uma taxa média de apenas 0,8% .



 










































Pessoas em idade produtiva de 15 a 65 anos em % do total




Ano




1950




1970




1975




1980




1985




%




52,8




54,1




55,8




57,8




58,9




Ano




1990




1995




2000




2005




2010




%




60,3




62,5




64,9




66,3




67,6




Fonte : Nações Unidas



Menos crianças  devido à queda na fecundidade  de mais de seis para dois filhos por mulher significam renda familiar per capita mais alta e melhores condições para educação , permite a mais mulheres trabalharem mais , com salários cada vez mais altos  e a diminuição da entrada de jovens no mercado reduz a informalidade e eleva os rendimentos .



 



 










































Média Geral de Idade em anos




Ano




1950




1970




1975




1980




1985




Anos




18,2




18,6




19,4




20,3




21,3




Ano




1990




1995




2000




2005




2010




%




22,5




23,9




25,3




27,0




29,0




Fonte : Nações Unidas



 



A queda no percentual de jovens entre 15 e 24 anos é a principal causa da diminuição da taxa de homicídios em São Paulo , já que esta faixa é estatisticamente mais propensa ao crime. ( F s P , 3.5.2009, p. B-1) .



 



 










































Taxa de crescimento populacional em % ao ano




Ano




1960/65




1965/70




1970/75




1975/80




1980/85




Taxa




2,96




2,59




2,38




2,35




2,26




Ano




1985/90




1990/95




1995/2000




2000/05




2005/10




Taxa




1,88




1,56




1,49




1,32




0,98




Fonte : Nações Unidas



 



Com  a queda no crescimento o Brasil está desperdiçando uma chance  única . Segundo estudo do demógrafo José Eustáquio Alves , da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE , se o PIB crescesse 5% ao ano até 2030 , igualaria o crescimento per capita verificado de 1950 a 1970 . Com menos população " dependente " , aumenta a possibilidade dos trabalhadores de acumularem poupança e investirem .



 



 










































Taxa de fecundidade – média de filhos por mulher




Ano




1960/65




1965/70




1970/75




1975/80




1980/85




Média




6,15




5,38




4,72




4,31




3,80




Ano




1985/90




1990/95




1995/2000




2000/05




2005/10




Média




3,10




2,60




2,45




2,25




1,90




Fonte : Nações Unidas



 



Esta janela de oportunidade tem um limite . A partir de 2030 , a queda na fecundidade deverá chegar a um limite , enquanto a proporção de idosos no total deve aumentar em ritmo acelerado e aí os gastos com saúde e Previdência deverão aumentar significativamente . O bônus demográfico deve se encerrar entre 2050 e 2055 , dependendo do comportamento da fecundidade . Em 2028 para cada pessoa com mais de  60 anos , haverá apenas 3,3 pessoas entre 20 e 60 anos , contra 5,8 em 2009 .



Se o país não absorver a mão de obra disponível a oportunidade estará perdida . Se continuarem a ocorrer altas taxas de desemprego nos próximos 30 anos os idosos do futuro ficarão dependentes da população jovem e adulta  e não poderão atuar como incentivadores  do crescimento econômico por terem acumulado poupança nos anos em que a situação era favorável para isso . ( F S P 22.01.2006 , p. B-5) .



 


























































Razão de dependência na população brasileira  1900-2050




 




1900




1920




1940




1960




1980




2000




2020




2040




2050




1




86




83




82




87




73




53




46




52




59




2




82




78




77




81




66




45




33




28




28




3




4




5




5




6




7




8




13




24




31




1 - crianças e idosos ; 2 - somente idosos ( 65 ou mais ) ; 3 - somente crianças ( 0 a 14) .



Porém , pesquisa do Ministério da Saúde concluiu que em 2008 a taxa de fecundidade caiu para 1,8 em média , sendo agora igual à da China .O IBGE estimava que a taxa de 1,8 seria alcançada apenas em 2043 .



As causas desta antecipação são o crescente êxodo rural , a crescente inserção das mulheres no mercado de trabalho e a diminuição da taxa de natalidade também nas áreas rurais com as campanhas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e a distribuição de pílulas e preservativos .  



Com isso abre-se uma janela de oportunidade demográfica sendo que nos próximos 30 anos com a queda gradual no número de nascimentos , o país terá uma proporção maior de pessoas em idade produtiva , entre 15 e 64 anos , diminuindo a percentagem de crianças que demandam mais investimento do Estado e permitindo aos cidadãos , gastando menos com as crianças tenham um melhor padrão de vida .Porém o Brasil terá que se preparar pois a partir de 2040 a população de idosos será predominante e irá pesar nas contas públicas . O déficit entre receitas e despesas da previdência deverá passar de 2% do PIB em 2008 para 8% em 2032 , caso não sejam feitas outras reformas . Em 2050 haverá 43,9 milhões de contribuintes e 61,7 milhões de aposentados , contra 34,6 milhões de contribuintes e 22,7 milhões de aposentados em 2008 . (Veja, 30.07.2008 , p. 100-101 ) .



A diminuição da taxa de crescimento da população criou um fenômeno demográfico favorável à economia que é o fato de que dois terços da população estão na faixa de idade mais ativa , entre 15 e 64 anos . Até 2040 haverá um acréscimo de 30 milhões de pessoas nessa faixa de idade , criando o efeito chamado de bônus demográfico , fenômeno que ocorre quando a força de trabalho cresce num ritmo maior do que a população que depende dela , ou seja, crianças e idosos . ( Rxame , 23.04.2008 , p. 24) .



Já para o futuro a transição demográfico trará um problema sério que é o espetacular crescimento da população acima de 60 anos . São 19 milhões em 2008 , em 2020 serão quase 30 milhões e em 2050 , 64 milhões .



Mesmo com a queda da taxa de crescimento da população , pesquisa feita pela Datafolha em 2008 mostrou que quatro em cada dez gestações no Brasil não foram planejadas . O não planejamento ocorre com maior freqüência entre os mais jovens ( 56%), e os mais pobres ( 44%), mas também entre a elite , onde 34% tiveram filhos sem planejar . ( F S P , 20.04.2008 , p. C-9) .



 



Diminuiu o número médio de pessoas por família  1997



 



Em consequência diminuiu também o número médio de pessoas por família , de 1992 a 1997 de 3,8 para 3,5 pessoas.



 



Crescimento da população rural  1997



 



A população rural brasileira que caiu em média 0,2% ao ano de 1981 a 1992  , passou a crescer em média 0,5 % ao ano de 1992 a 1997 , segundo dados do IBGE . Porém isto se deve ao fato de que está se ampliando a população ocupada na área rural , mas não vinculada à agricultura como jardineiro, caseiro , professora primária  e empregos ligados ao lazer  rural como em hotéis fazenda e pesque-pague . ( F S P 22.3.99 , p. 1-5) .



 



POPULAÇÃO EM 2000



 



De 1991 a 2000 a população brasileira passou de 146.825.475 para 169.544.443 habitantes , com um crescimento anual médio de 1,63% , a menor desde o censo de 1950 quando foi de 2,39% ao ano . Se o país tivesse crescido às mesmas taxas da década de 1980 ( 1,93% ao ano) , a população seria de mais de 174 milhões de pessoas .



 



 






































Brasil População total – 1900 – 2000 em milhões




1900




1920




1940




1950




1960




17,4




30,6




41,2




51,9




70,0




1970




1980




1991




2000




2004




93,1




119,0




146,8




169,8




182.060




Fonte : IBGE .



A taxa de crescimento da população vem caindo sucessivamente desde 1950 . A partir dos anos 60 a pílula anticoncepcional se popularizou e o número de filhos por mulher passou a cair acentuadamente , passando de 6,2 em 1950 para 2,1 em 2003.



 


































Taxa de Crescimento Anual da População . Média geométrica em %




1900/20




1920/40




1940/50




1950/60




2,91




1,49




2,39




2,99




1960/70




1970/80




1980/91




1991/2000




2,89




2,48




1,93




1,63




Fonte : IBGE .



A taxa de 2,1 é considerada de reposição porque supõe que , num casal com dois filhos , uma criança substituirá a mãe e outra o pai . O excedente de 0,1 é necessário porque leva em conta os efeitos da mortalidade .



Se o ritmo de crescimento da década de 1950 fosse mantido o Brasil teria chegado a 2008 com 270 milhões de habitantes e não com 190 milhões .



Porém a população brasileira só vai começar a diminuir efetivamente a partir de 2057, quando a  população deve chegar a 260 milhões de habitantes ,  pela existência ainda de uma grande população jovem em idade reprodutiva .



Cerca de 81,2 % da população mora na zona urbana , cerca de 137.697.439 pessoas , enquanto que em  1991 este percentual era de 75,6% , e cerca de 110.990.990 pessoas , ou seja a população urbana neste período aumentou em 26.707.449 pessoas



Já na área rural houve redução da população de 35.834.485 para 31.847.004 pessoas . Foi no censo de 1970 que a população urbana superou a população rural .



De 1991 a 2000 a porcentagem de crianças de 0 a 14 anos sobre o total da população caiu de 34,73% para 29,6% , enquanto o grupo de mais de 65 anos cresceu de 4,83% para 5,85% . A idade mediana da população subiu de 21,7 para 24,2 anos . Em 1980 , para cada cem pessoas em idade ativa , havia 73 crianças e idosos . Em 2000 essa relação caiu para 54,9 , sendo menor no Sudeste ( 49,4) e Sul ( 58,47) e maior no Norte ( 69) e no Nordeste ( 63,4) .



O Censo de 2.000 indica que existem 24.576 brasileiros com mais de 100 anos e o número de pessoas com mais de 80 anos passou de 1.129.651 milhão em 1991 para 1.832.105 pessoas em 2.000 , um acréscimo de 62% .



O Censo de 2.000 demonstrou um crescimento de dois grupos étnicos os pretos e indígenas . A população indígena duplicou de 1991 para 2.000 passando de 294.131 para 701.462 e a de pretos de 7.335.139 em 1991 para 10.402.450 em 2.000 .  O crescimento dos negros está associado ao fortalecimento da identidade da raça negra , pois caiu a proporção daqueles que se declaram pardos e a dos indígenas cresceu como consequência da ampliação da política de proteção.



 
































































GRUPOS ÉTNICOS NO BRASIL 1872-2000




 




1872




1940




1991




%




2000




%




Brancos




3787289




26171778




75704923




51,8




90647461




53,8




Pretos




1954452




6035869




7335139




5,0




10402450




6,2




Pardos




4188737




8744365




62316060




42,6




66016783




39,1




Amarelos




Inexistent




242320




630659




0,4




866972




0,5




Indígenas




Não pesq.




Não pesq.




294131




0,2




701462




0,4




 Fonte : IBGE Censo 2.000 .



Em 2050 a população deverá chegar a 260 milhões de habitantes , com a taxa de fecundidade caindo para 1,85 filho por mulher , quando em 2000 era de 2,4 filhos . O numero de mulheres a mais em relação aos homens que era de 753 mil em 1980 , deverá chegar a 6,2 milhões em 2050 .



Com esta taxa de fecundidade menor , em 2000 para cada pessoa que se aposentava com 65 anos , cerca de 3 estavam entrando na idade potencialmente produtiva ( 15 anos) , enquanto em 2050 a proporção será de 1 para 1.



Mais mulheres que homens  2.000



 



O número de mulheres é maior , havendo para cada 100 mulheres , 96,9 homens o que dá 2,7 milhões de mulheres a mais do que homens . 



Nascem mais homens , mas eles sobrevivem menos do que as mulheres e, a partir dos 20 anos passam a ser minoria . A principal razão é a maior taxa de mortalidade por causa externa de homens jovens .



A projeção para 2050 é que esta diferença aumente para 6,2 milhões a mais de mulheres em relação aos homens .



 






















































População brasileira  1980 a 2050  em milhões




 




1980




1990




2000




2010




2020




2030




2040




2050




Total




118,6




146,6




171,3




196,8




219,1




237,7




251,4




259,8




Mulher




59,7




74,1




86,9




100,2




111,8




121,6 




128,7




133,0




Homem




58,9




72,5




84,4




96,6




107,3




116,2




122,7




126,8




Fonte : IBGE .



População Brasileira por Estados - 2000



 




































































































QUADRO – POPULAÇÃO BRASILEIRA POR ESTADOS CENSO 2000




Estado




População




Estado




População




1. Sâo Paulo




36.966.527




15. Piauí




2.840.969




2. Minas Gerais




17.835.488




16. Amazonas




2.840.889




3. Rio de Janeiro




14.387.225




17. Alagoas




2.817.903




4. Bahia




13.066.764




18. Rio Gde Norte




2.770.730




5. Rio Gde Sul




10.179.801




19. Mato Grosso




2.498.150




6. Paraná




9.558.126




20 M. Grosso Sul




2.075.275




7. Pernambuco




7.910.992




21. Distrito Fed.




2.043.169




8. Ceará




7.417.402




22. Sergipe




1.779.522




9. Pará




6.188.685




23. Rondônia




1.377.792




10. Maranhão




5.638.381




24. Tocantins




1.155.251




11. Santa Catarina




5.333.284




25. Acre




557.337




12. Goiás




4.994.897




26. Amapá




475.843




13. Paraíba




3.436.718




27. Roraima




324.152




14. Espírito Santo




3.093.171




 




 




Fonte IBGE in F S P 22.12.2000 , p. C-1



 



Na análise por Estados , pela primeira vez, desde a década de 60 o IBGE constatou crescimento populacional na área rural  do Estado de São Paulo , de 0,78% ao ano . Na área  urbana a expansão foi de 1,85 % ao ano . Houve crescimento significativo da população na área rural da cidade de São Paulo que passou de 233.ooo em 1991 para 620 mil habitantes em 2000. São áreas periféricas , ocupadas por loteamentos clandestinos e consideradas ainda áreas rurais , portanto a população que as ocupa é urbana e não rural.



 




































































































POPULAÇÃO BRASILEIRA POR CAPITAIS  CENSO 2000




Capital




População




Capital




População




1. São Paulo




10.406.166




15. Teresina




714.318




2. Rio de Janeiro




5.850.544




16. Natal




709.422




3. Salvador




2.440.886




17. Campo Grande




662.534




4. Belo Horizonte




2.229.697




18. João Pessoa




594.922




5. Fortaleza




2.138.234




19. Cuiabá




482.498




6. Brasília




2.043.169




20. Aracaju




460.898




7. Curitiba




1.586.898




21. Porto Velho




334.585




8. Recife




1.421.947




22. Florianópolis




331.784




9. Manaus




1.403.796




23. Vitória




291.889




10. Porto Alegre




1.359.932




24. Macapá




282.745




11. Belém




1.279.861




25. Rio Branco




252.800




12. Goiânia




1.090.581




26. Boa Vista




200.383




13. São Luís




867.690




27. Palmas




136.554




14. Maceió




796.842




 




 




Fonte IBGE in F S P 22.12.2000 , p. C-1



 



 



 



 



DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE ESTRANGEIROS 2000



 



O censo de 2000 revelou uma acentuada diminuição no número de  estrangeiros no Brasil , indicando que o país não é um destino atrativo . O número de estrangeiros na população diminuiu de 1,083 milhão em 1970 para 510 mil em 2000 , uma queda de 53% . Mesmo havendo queda aumentaram os contingentes de argentinos , uruguaios , bolivianos e chilenos  assinalando um quadro de crise   generalizada no Mercosul .



 


























































ESTRANGEIROS POR PAÍS EM 1970-2000




 




1970




2000




 




1970




2000




Portugueses




410,0




176,0




Argentinos




14,5




20,8




Japoneses




143,0




52,5




Uruguaios




11,2




18,1




Italianos




129,0




43,7




Bolivianos




9,9




14,6




Espanhóis




116,0




35,8




Chilenos




1,8




14,6




Paraguaios




18,6




14,9




 




 




 




 Fonte : IBGE Censo 2000 , in FSP 21.12.2002, p. C-1



Além da redução do número de imigrantes , outra razão que explica a queda destes números é  o aumento dos estrangeiros que se naturalizaram , que passou de 155 mil em 1970 para 173 mil em 2000 .



Aumentaram também os brasileiros que retornaram do exterior . Em 1991 , cerca de 31 mil declararam que haviam vivido no exterior nos últimos cinco anos , número que passou para 87 mil em 2000 .



Os imigrantes contribuíram de 1840 a 1940 com 19% do aumento populacional brasileiro  , seja de forma direta , seja pelos seus descendentes . É um percentual reduzido se comparado com o da Argentina ( 58%)  , EUA 9 44%) e Canadá ( 22% ) .



 



 



 



 



IDOSOS EM 2006



 



Cresce a participação de idosos com mais de 75 anos no total da população idosa entre 1996 e 2006 . De 60 a 64 anos diminuíram de 32,3 para 30,5; de 65 a 69 anos de 25,6 para 24,7% , de 70 a 74 anos aumentaram de 18,6 para 18,7%; de 75 a 79 anos aumentaram de 12,0 para 12,9% e de 80 anos ou mais passaram de 11,5 para 13,2% .



Cerca de 44,5% dos idosos mora com os filhos , 22,3% com  um casal sem filhos ; 13,2% moram sozinhos  e 10,7% moram sem filhos e com outros parentes . ( F S P , 29.09.2007, p. C-4) .



 



 



 



POPULAÇÃO 2007



 



Segundo estimativa do IBGE, a população brasileira em 2007 chegou a 183,99 milhões . A taxa anual de crescimento da população caiu para 1,2% ao ano o que implica na revisão para menos de todas as estimativas sobre a evolução da população nos próximos 40 anos . A projeção para 2060 ficou em 258 milhões . ( F S P , 22.12.2007, p. C-1) .



De 2006 para 2007 o número de pessoas com 40 anos ou mais cresceu 4,2% . Já a população até 14 anos encolheu 0,7% . Os brasileiros com mais de 60 anos , já representam 10,5% da população , aumento de 0,3% na comparação com 2006 e 878 mil indivíduos a mais .



É um processo de envelhecimento que levou um século na Europa e no Brasil está ocorrendo em três décadas.



Em 2007 as mulheres eram 97 milhões, contra 93 milhões de homens . No entanto estão nascendo mais homens do que mulheres . Em números absolutos , contando apenas bebês e crianças ate 4 anos são 7 milhões de homens e 6,7 milhões de mulheres . É a partir do grupo etário de 20 a 24 anos que as mulheres se tornam preponderantes e na população com mais de 60 anos de idade , são mais de 11 milhões de mulheres, contra 8,8 milhões de homens .



O percentual dos que se autodeclararam pretos subiu de 6,9% para 7,4% e os autodeclarados brancos caíram de 49,7 para 49,4% . Os pardos tiveram variação pequena de 42,6 para 42,3% e os amarelos e indígenas ficaram estáveis em 0,8% . ( F S P , 19.11.2008, p. C-8) .



 



POPULAÇÃO 2008



 



Segundo estimativa do IBGE, a população brasileira em 2008 chegou a 191,4 milhões. Como a população cresce a um ritmo cada vez menor, o IBGE revisou para 2030 o ano em que a população deverá começar a diminuir , chegando em 2050 a 215,2 milhões .. ( F S P ,2.12.2009, p. C-3) .



 



CASAIS SEM FILHOS  2008



 



Renunciar aos filhos tornou-se uma opção freqüente entre os casais de poder aquisitivo elevado no Brasil . Segundo o IBGE , de 1986 a 2008 o total de casais sem filhos aumentou em 50% . Entre os casais nos quais ambos os cônjuges trabalham , o número simplesmente dobrou . Neste grupo , há dois milhões de casais brasileiros que optaram por não ter filhos , contra 1 milhão em 1996 .



Entre os casais que optam por não ter filhos , 70% tem renda mensal superior à dos casais com filhos . Cerca de 35% trabalham com carteira assinada contra 35% da média nacional , 68% tem entre 20 e 39 anos , 70% tem pelo menos oito anos de estudo , 92% moram em regiões urbanas e 70% vivem nas regiões Sul e Sudeste .



Em muitos países , o número de casais sem filhos vem aumentando em parte pelo fato das mulheres optarem pela vida profissional , que exclui a maternidade ,. Outro fator é o impacto que uma criança provoca nas contas domésticas , pois criar filhos atualmente tem custos elevadíssimos .



Parte da estranheza com esta postura está o preconceito provavelmente de origem religiosa segundo o qual a maternidade faz parte da evolução natural da mulher . Na Alemanha , um terço das mulheres não deixa descendentes , um dos percentuais mais altos do mundo . ( Veja, 11.06.2008 , p. 124-126 ) .



 



POPULAÇÃO 2009



 



Segundo estimativa do IBGE , o município de São Paulo chegou a 11.037.593 habitantes em 1 de julho de 2009 . Seguem-se 2. Rio de Janeiro – 6.186.710 ; 3. Salvador – 2.998.056; 4. Brasília – 2.606.885; 5. Fortaleza – 2.505.552; 6. Belo Horizonte – 2.452.617 ; 7. Curitiba  - 1.851.215 ;8.  Manaus – 1.738.641 ; 9. Recife – 1.561.659 e 10. Belém – 1.437.600 .



A população estimada do país chegou a 191,5 milhões em 2009 .Por região – Sudeste 80,9 milhões, Nordeste – 53,5 milhões, Sul – 27,7 milhões, Norte – 15,3 milhões e Centro-Oeste – 13,8 milhões . ( F S P , 15.08.2009, p. C-6) .



 



MUDANÇAS EM 2009



 



Conforme assinala Yoshiaki Nakano , segundo estudos da FGV o Brasil assiste a uma mega-ascensão de famílias pobres para a classe C , que tem renda mensal de R$ 1.115 a R$ 4.808. Desde o Plano Real esta classe passou  de 32% da população para 52% .



Ele assinala o fato de que “ a população brasileira de jovens de 15 a 24 anos atingiu um pico de 35,1 milhões de pessoas em 2004 e começou a declinar desde então , tendo atingido 33,9 milhões em 2009 . Com isso ‘ a oferta ilimitada de trabalho’ chegou ao fim , e os novos empregos , para serem preenchidos , passaram a oferecer salários mais altos . Esse aumento de emprego , vem acompanhado de maior produtividade , sem gerar pressão inflacionária , e também demanda melhor qualificação técnica , isto é , educação com qualidade , que  é outra grande transformação que ocorre no Brasil . As conseqüências para a dinâmica da economia brasileira são óbvias : passamos a ter endogenamente um mecanismo de crescimento que se retroalimenta, típico das economias capitalistas desenvolvidas . O salário real aumenta e amplia o mercado , que, por sua vez , estimula aumento de investimento e criação de novos empregos , que, acompanhados de incremento de produtividade , podem se sustentar por longo prazo . “ ( F S P ,21.02.2010 , p. B-4) .



 



POPULAÇÃO 2010



 



O  Censo de 2010 aponta uma população de 190.732.694 habitantes , acréscimo de 12,34% em relação às  169.799.170 de 2000 . Cerca de 84,32% estão em cidades e 15,65% no campo . O país tem 3,9 milhões de mulheres a mais do que homens e em média 3,3 moradores por domicílio , ante 3,75 em 2000 . Cerca de 23.760 pessoas com mais de 100 anos de idade . Cerca de 67,6 milhões de domicílios e 6,1 milhões de domicílios vagos . ( F S P , 30.11.2010 , p. C-6) .



 



 



 



 



PROJEÇÕES PARA 2020



 



Segundo estudo feito pelo IPEA  , com base nos dados do Censo do IBGE de 2000 a população brasileira para 2020 deverá oscilar entre 209,5 a 217,4 milhões de habitantes . A projeção maior estima taxa de fecundidade de 1,8 filhos por mulher na área urbana e 2,0 na área rural. A projeção menor estima taxa de fecundidade de 1,3 filhos na área urbana e 1,8 na área rural .



As duas projeções calculam aumento na expectativa de vida  , diminuição do número de crianças até 14 anos e aumento de mais de 100%  na população com mais de 60 anos de idade .



 



























































































População Brasileira quantidade  – Projeções para 2020




 




Até 14 anos




15 a60 anos




Mais 60 anos




2000




51,3  ( 30%)




105     ( 61,5%)




14,5   (8,5%)




2020 taxa 1,8 e 2,0




50,3  ( 23,1%)




136,3   ( 62,7%)




30,9   (14,2%)




2020 taxa 1,3 e 1,8




42,8  ( 20,4%)




135,8   ( 64,8%)




30,9   ( 14,7%)




Expectativa de vida  População urbana




 




Homem




Mulher




 




2000




67,7




76,4




 




2020




79,7




88,1




 




Expectativa de vida  População rural




 




Homem




Mulher




 




2000




66,7




73,7




 




2020




79,1




87,5




 




Empregos a serem criados para atender à população




2000 a2005




1,4 milhão




2010 a2015




1 milhão




2005 a2010




1,1 milhão




2015 a2020




800.000




Fonte : Ipea , in FSP 26.08.2004, p. C-4 .



 



Com a diminuição da população menor de 14 anos será possível elevar os gastos por aluno . Como a população em idade ativa continuará a crescer , porém em ritmo menor , haverá uma diminuição ao longo do tempo da necessidade de criação de novos empregos por ano , caindo de 1,4 milhão entre 2000 a 2005 para 800.000 por ano para 2015 a 2020 . Já o grande crescimento no número de idosos irá exercer forte pressão sobre o sistema de saúde e previdência social .



 



QUEDA DA POPULAÇÃO A PARTIR DE 2039



 



Conforme nova projeção do IBGE a população brasileira deve começar a diminuir já em 2039 . O ponto em que o total de idosos deve superar o de crianças foi adiantado de 2049 para 2036 .



Com isso o número de mulheres em relação ao de homens deve aumentar , já que a expectativa de vida delas é superior á dos homens . Em 2008 já são 3,4 milhões de mulheres a mais e em 2050 serão 6,8 milhões . Entre os motivos desta diferença estão fatores culturais como a maior resistência do homem em buscar ajuda médica , maior incidente de mortes masculinas por acidentes de trânsito e assassinatos . Com isso , a probabilidade em 2008 de morrer do homem na faixa de 20 a 24 anos é quatro vezes maior do que a da mulher . Em 2050 , caso não haja mudança nas tendências será 5,5 vezes superior . ( F S P, 27.11.2008 , p. B-6) .



 



ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO 2050 – BOMBA RELÓGIO DEMOGRÁFICA .



 



Outro dado estatístico claro é o envelhecimento da população . De 1992 até 1997 , o número de maiores de 60 anos cresceu 18% , enquanto que a população como um todo aumentou apenas 7,3% .



Para demonstrar a velocidade das mudanças na composição etária da população , em 1981 para cada 100 crianças com menos de cinco anos , havia apenas 48,3 idosos . Em 1993, a proporção passou a ser de 76,5 por 100 . Em 1999 a situação inverteu-se passando de 100 idosos para 97,8 crianças . Em 2004 a relação já era de 120,1 idosos para cada 100 crianças .



 



 


































Proporção de jovens , adultos e idosos na população em %




 




1980




2000




2050




0 a19 anos




49,7




40,2




24,1




20 a59 anos




44,3




51,6




51,3




60 anos ou mais




6,1




8,1




24,7




Fonte : IBGE .



 














































População brasileira por idade




 




1992




2003




Qdade em 2003




0 a9 anos




22,1




17,8




30.985.728




10 a17 anos




18,0




15,4




26.768.334




18 a39 anos




35,3




36,4




63.272.832




40 a59 anos




16,7




20,8




36.176.841




60 anos e mais




7,9




9,6




6.732.547




Fonte : Pnad 2003  IBGE .



O envelhecimento da população produzirá uma substancial alteração na configuração total da população por faixa etária que passará da tradicional pirâmide onde a base é muito maior por conter a população jovem para uma outra configuração onde haverá homogeneidade entre as diversas faixas etárias .



 








































































































































Distribuição da população brasileira por faixa etária 1980 a 2050




Faixa etária




1980




2000




20050




% 1980-2050




80 ou mais




0,59




1,59




13,75




2.226,5




75 a79




0,83




1,66




8,91




973,2




70 a74




1,31




2,65




11,67




788,5




65 a69




2,02




3,42




14,57




619.9




60 a64




2,44




4,59




15,15




521,1




55 a59




3,13




5,42




15,02




379,5




50 a54




4,10




6,85




15,98




290




45 a49




4,64




8,66




17,19




270,4




40 a44




5,71




10,76




17,62




208,7




35 a39




6,34




12,87




17,23




172




30 a34




7,67




13,68




16,84




119,7




25 a29




9,42




14,31




16,21




77,5




20 a24




11,48




15,90




16,57




44,3




15 a19




13,54




17,92




16,21




19,7




10 a14




14,23




17,43




15,72




10,5




5 a9




14,73




16,50




15,43




4,7




0 a4




16,38




17,08




15,18




-7,3




Fonte : IBGE .



Com estas alterações na estrutura etária , em 2050 haverá apenas três pessoas em idade potencialmente produtiva  para cada  uma com 65 anos ou mais , enquanto em 2000 havia 11 pessoas para cada idoso com 65 anos ou mais . Haverá em 2050 pelas projeções do IBGE 28 milhões de pessoas em idade jovem e 64 milhões de pessoas com 60 anos ou mais , ou seja uma verdadeira “bomba” demográfica a explodir em 2050 .



Em outras palavras , poderá haver neste período a implosão do sistema de previdência social pelo absoluto descolamento entre receita cada vez menor e despesa cada vez maior.



 



1. DEMOGRAFIA     MACKENZIE 2009



 



 



DE



 











































Década



 




Média taxa natalida



De (por mil)




Média taxa morta



Lidade (por mil)




Crescimento



Natural %




1940




44,0




25,3




1,87




1960




44,0




15,0




2,90




1980




31,2




9,0




2,22




2000




18,2




6,6




1,16




2020 estimativa




15,0




6,0




0,90




IBGE



 



Com base na tabela, e considerando o crescimento natural da população brasileira, observe as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.



I. Nas décadas de 1940 e 1960, as taxas de mortalidade eram elevadas em virtude das precárias condições médico-sanitárias, da escassez de remédios e vacinas e da falta de infra-estrutura nos serviços de saneamento básico.



II. A diminuição da taxa de mortalidade, entre as décadas de 1980 e 2000, ocorreu de forma gradativa, em virtude da lenta urbanização, diante das dificuldades do Brasil em industrializar-se nesse período.



III. A partir da década de 1940, o declínio da taxa de natalidade teve relação direta e, também indireta, com a urbanização e com a industrialização.



IV. Os fatores inibidores de natalidade, típicos do meio  urbano, como acesso a métodos anticoncepcionais, entre outros, somente serão efetivados, a partir da década de 2020, quando se projeta, realmente, um crescimento natural baixo.



a) Somente I e II estão corretas.



b) Somente II e III estão corretas



c) Somente I e III estão corretas.



d) Somente I e IV estão corretas.



e) I, II, III e IV estão corretas.



 



Resposta  1 C  


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