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Ensaios-->Século 21- A Nova Era do Sexo: CyberSexo -- 24/05/2005 - 12:39 (Maria Dalva Junqueira Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

SÉCULO 21 - A NOVA ERA DO SEXO:CYBERSEXO
(ENSAIO - Inédito) Madellon


Prólogo

“QUEM ESTÁ na Internet? Todo mundo que você também encontra na vida real. A Internet é uma imensa boate, cheia de salas, onde você escolhe o seu pedaço. Vai cruzar com gente tímida, vaidosa, maluca, sensível, insensível, inteligente, arrogantes. E também com casados em crise ou em busca de aventuras, debochados, pessoas cultas e gente que não faz a menor idéia do que seja a língua portuguesa. Vai encontrar muitos que ensebam sem razão aparente e diversos apressadinhos. Mas quase todo mundo, especialmente os homens, têm a “síndrome da primeira impressão”: ou “bate” na hora ou adeus, não existe uma segunda tentativa – como se paquera ou namoro na vida real fosse assim...'
Nos chats ninguém precisa se expor, aparecer. As pessoas passam a viver uma vida dupla: a real e a da fantasia. A real deve estar muito vazia, e aí, da mesma forma que uma criança cria um amigo invisível, o adulto transforma a Internet num mecanismo para tentar viver na fantasia suas necessidades do dia-a-dia. E acho que não são só necessidades sexuais, não: é para abafar e aliviar também as próprias tensões cotidianas.



Epílogo


“Os abismos das mulheres são venenos, seu mistério nos mata.” O amor depende de nosso desejo, o sexo e tudo por ele. O perigo do amor é virar amizade;o perigo do sexo é que você pode se apaixonar(...) .Afinal o amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver.”
(ARNALDO JABOR)

Nos relacionamentos cibernéticos há um descompasso entre o que se procura e o que se encontra. Há uma procura, pelo menos consciente de relações estáveis, baseadas na confiança, na fidelidade, no respeito. E o que se encontra, na maioria das vezes, é o descompromisso, a palavra não cumpridas, a palavra desfeita o afã da conquista seguido pelo silêncio, pela ausência no dia seguinte a uma noite de amor.
A provisoriedade dos laços é motivo de perplexidade, assim como os rompimentos abruptos, sem qualquer explicações, de situações que aparentemente seriam o início de um relacionamento amoroso na Internet. As pessoas desaparecem feito assombração, deixando um vazio, que nos leva inevitavelmente a ficar dando tratos à bola, procurando um sentido para tais atitudes. Começando a duvidar de nós mesmos, de nossas percepções, até de nossa sanidade.
Como afirma Alice Sampaio, “estaríamos todos loucos, como juízo de realidade prejudicado? Hoje “fica-se” com alguém, não “se está” com alguém. Curiosamente o verbo ficar, em muitas de suas acepções, implica a idéia de permanência, mas tem sido usado para situações nas quais o tom maior é o da iampermanência.
O que faz a diferença no início virtual dos amores?O preenchimento do cadastro é rápido e logo em seguida pode-se buscar uma lista dos nossos pares perfeitos, das nossas almas gêmeas: o príncipe/princesa encantados.
Tudo acontece em velocidade internauta: em menos de uma hora pode estar trocando e-mails com nossos supostos príncipes e princesas. Difícil resistir à sedução de tamanha “eficiência” e rapidez – sem falar na mágica – na promoção da realização dos nossos sonhos. O amor torna-se um produto a ser encontrado como um xampu numa loja de cosméticos, um livrão numa livraria, enfim, um objeto como outro qualquer. Tratar o amor como um objeto e reduzi-lo a algo simples e banal é deixar de lado os inúmeros outros aspectos de um sentimento tão complexo.
Como nos mostra de forma magistral Jurandir Freire Costa em seu livro Sem Fraude nem favor ( Estudos sobre o amor romântico), o amor é algo construído historicamente. Hoje, segundo ele, vivemos a desconstrução do ideal do amor romântico, e isso implica uma defasem entre a expectativa de um ideal e a possibilidade do real, que tanto na Internet quanto nas redes da vida real acontece de forma inexorável.
Por isso é preciso questionar o uso que vem sendo feito na Internet das promessas de encontros rápidos e perfeitos. Usada dessa forma, a rede virtual torna-se um condutor de encontros quer potencializa de forma perigosa a expectativa das pessoas, que idealizam não só o outro mas também a felicidade a ser alcançada em uma hora, ou três dias – como se isso fosse possível. A rede tem um aspecto positivo, que é o de minimizar a timidez. Mas na rua, no bar, no cinema, não existe esse “agenciamento da fantasia”. Como disse o peta, Rainer Maria Rilke em Cartas a um jovem poeta, a aventura de amar é uma das tarefas mais árduas para o ser humano.
“ A vida é real e de viés'.

In Sampaio, Alice. Jornalista, quea já passou pelas redações de Veja, Mancaheate, Claudia, Nova, Vip, Quatro Rodas, Mrie Clair, autora de Amor na Internet - quando o virtual cai na real .Ed. Recorde. Rio de Janeirto/São Paulo, 2002 .p.20.


Do Livro de Madellon:
SÉCULO 21 - A NOVA ERA DO SEXO: CYBERSEXO
(Ensaio - Inédito)





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