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Contos-->PORTA CAPEMA -- 28/11/2002 - 11:09 (Lucilo Constant Fonseca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PORTA CAPEMA


Há sempre uma impressão nova e boa, ao descansarmos os olhos sob as páginas de livros de História Universal. Principalmente, quando esta versa sobre episódios ocorridos longe de nós, no tempo e no espaço.
Roma, hoje capital da Itália; país ocupando a porção geográfica da península itálica, acrescida da ilha Sicília e outras, foi a cidade-estado fundada em 753 anos A.C., segundo a história. A sua fundação se deu por vontade e trabalho de dois irmãos: Rômulo e Remo.
A pequena Cidade, na época de sua origem, distanciava do mediterrâneo 18 Km. Construída às margens do rio Tibre, junto às sete colinas. Após algumas centenas de anos a pequena aldeia já se havia transformado em uma cidade-estado; naturalmente, como as demais de seu tempo, cercada por enormes muralhas.
__Estas visavam fazer defesa das comunidades circunscritas por elas. Meio buscado para a proteção contra povos belicosos, a exemplo dos hunos, visigodos e vândalos etc..
As guerras, sempre foram uma constante naquele tempo, entre as cidades. Difícil era a paz. Os romanos, não fugiam a esta regra, razão pela qual dilataram as suas divisas políticas. Construíram um vasto império.
Grande parte da Ásia-Menor, e de outros países, banhados pelas águas do Mediterrâneo, ficaram sob o domínio do governo de Roma. A exemplo disto: A Palestina, à época do nascimento de Nossos Senhor Jesus Cristo, se encontrava sob o jugo do cetro romano.
De muitas pelejas entre o governo de Roma, com outros povos, a mais singular de todas, foi aquela precedida por um trabalho diplomático entre Roma e Alba. As duas cidades-estados, se opuseram em forma de guerra. O trabalho preliminar do referido conflito via de uma ação diplomática, foi sublimada com um acordo sui generis. Deste entendimento, se estabeleceu que dentre todo o exército romano fossem escolhidos três soldados, em melhores condições de vitória. Este mesmo processo foi usado pelo exército albano.
Em resultado, os romanos escolheram três irmãos Horácios; e por parte de Alba, três irmãos Curiácios.
Por força de entendimento entre as duas partes, a luta dar-se-ia fora dos muros de Roma.
O espetáculo foi grandioso! Uma vez que os dois povos se empenhavam e torciam com ardor pela vitória de seus representantes. A luta, teve começo.
No primeiro encontro, os três Albanos ficaram feridos e dentre os irmãos Horácios, dois morreram, e um ficou com vida e ileso. O povo de Alba regozijava, a iminente vitória.
Os romanos sentiam grande dor a dilacerar seus corações. Momento em que estrategicamente, o sobrevivente dos Horácios, partiu em debalada carreira.
Este fato, cobriu de vergonha os romanos. Eis que o representante dos mesmos, ligeiramente, olhando para trás, notava que por força dos ferimentos, os Curiácios passaram a guardar boa distância entre si, ao procederem à perseguição do último dos Horácios. Este fez uma parada brusca. E voltando-se de imediato, abate o primeiro, o segundo e por fim, o terceiro e último de seus adversários.
Para os romanos, a dor e a vergonha se transformaram em alegria. A alegria dos albanos, em grande pesar.
Os romanos, se confraternizaram. E, no auge da euforia, carregaram nos ombros o seu herói. Recomeçaram a caminhada em direção à cidade de Roma. E enquanto se movimentavam, iam em direção a uma de suas inúmeras entradas. Foi eleita a Porta Capema, por onde o cortejo alegre, penetrou à cidade. De seu centro, vem ao encontro da turba, uma bonita mulher. Esta era irmão dos Horácios e noiva de um dos Curiácios.
Ciente do resultado, espavorida, gritava pelo nome de seu noivo falecido.
Seu irmão, no momento, o grande herói, representante inconteste de Roma, ao assistir a cena, pôs-se de pé, e desembainhou a espada e disse: -Tu esquecestes teus irmãos mortos e a mim! Por isso, vais encontrar o teu noivo!
Sem piedade, traspassou-lhe o corpo. Aos brados, dizia: Assim morra todo aquele que chorar um inimigo de Roma.

Fazenda Campo Alegre - 3/4/1980.
Lucilo Constant Fonseca


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