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Contos-->A MENTIRA -- 28/11/2002 - 11:11 (Wellington Macêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Toida comunidade que se preza tem um mentiroso sobejamente conhecido por todos. É aquele tipo que nas rodas de conversa se sobressai como contador de histórias, as mais incríveis, somente ultrapassadas na sua inverossimilhança por conversa de pescador. São histórias cujos personagens centrais estão representados por almas do outro mundo; fantasmas; mula sem cabeça; personagens somente existentes na sua invencionice. Protagonistas de casos os mais exdrúxulos, conduzindo os ouvintes a um verdadeiro estado de perplexidade. Aproveita-se da sua loquacidade aliada, por outro lado, a arte de ludibriar os incautos quando das mais imaginativas narrativas.

Apolinário, lídimo representante da arte de invencionar fatos somente existentes na sua fértil imaginação, quando na presença daquelas mais sugestionáveis, tinha por hábito criar histórias dotadas de uma riqueza de detalhes, deixando os seus ouvintes num verdadeiro misto de crença e desconfiança diante dos seus relatos. Era, sem dúvida, um virtuose na arte de enganar. Não apenas devido à encenação utilizada mas, sobremaneira, levando-se em consideração a sua prolixidade no uso de termos anacrônicos, deixando os ouvintes de certa forma apalermados. Diante de suas narrativas providas de uma suposta auatenticidade alguém ousou jamais contestá-lo. A maioria dos ouvintes acreditava como se verdade fora.
Das muitas de suas invencionices merece destaque especial aquela contada certa feita quando, após copiosas chuvas que se abateram sobre a cidade. Fora um verdadeiro temporal jamais visto pelos habitantes daquela localidade, acompanhado de trovões ensurdecedores e frequentes quedas de raios. No dia seguinte, à medida que as pessoas saiam às ruas no sentido de se inteirar dos estragos provocados pela avalanche das águas, Apolinário imbuído da mais torpo das suas invencionices assevera que, logo cedo, quando no despertar daquele dia, ao abrir a porta que separa a cozinha do quintal, observara uma densa névoa sobre as frondes de uma majaestosa mangueira. Sem maiior delonga, muniu-se de uma vara e ao balançar os galhos da árvora constatou, para sua surpresa, que se tratava de um trovão que havia ficado preso entre os galhos desde a noite precedente. Atônitos, os ouvintes se dispersaram sem a menor contestação.
Ufanoso de mais uma proeza, Apolinário se retira do local levando consigo, mais uma vez, a certeza de haver ludibriado tantos incautos.
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