OS SINOS
O sentido deixado pelo ecoar dos campanários, é recebido de modo diverso pelas pessoas.
Por vezes os seus ecos representam uma chamada aos ofícios religiosos. Para outras, representam uma aproximação com Deus.
O ecoar desses instrumentos sonoros e seculares, não deixa de ser, de certo modo, uma cronologia.
Ouvimos, constantemente, a expressão - é meio dia; são seis horas da tarde... Ave-Maria!
Relativos ao sentimento da humanidade, os sinos trazem sensibilidades diversas. É de uma alegria profunda e contagiante, quando estão a chamar os fiéis para a Santa Missas.
O seu poder de transmitir emoções, é tão duro quanto o material que os fazem. Temos involuntariamente a lembrança do bronze; este com peculiar cor escura, verde-cinza.
O aspecto deste instrumento metálico, não importa! Às vezes é simples, apresentando um badalo para ser acionado, através de uma corda.
Ora outra nos afigura aos moldes dos carrilhões. Estes se movimentam em seus eixos, para assim poder produzir a sua própria voz.
Os sinos nos fazem lembrar, de uma das obras de Victor Hugo, “O Corcunda de Notre Dame”; quando o seu personagem, Quasimodo, movimentava os carrilhões da famosa igreja, denominada Nossa Senhora de Paris.
A voz do sino é como nós mesmos. Ora, de lânguido langor e; outras vezes, de alegria tão grande, que nos eleva aos céus, aproximando-nos de Deus.
Fazenda Campo Alegre - 1980.
Lucilo Constant Fonseca.
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