Biografia do Autor / Anton Tchekhov ( 1860 - 1904 )
Anton Pavlovitch Tchékhov, em alfabeto cirílico &
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1074;, foi um importante escritor e dramaturgo russo, considerado um dos mestres do conto moderno. Era também médico, exercendo a Medicina durante o dia e frequentemente escrevendo à noite.
Era filho de Pavel Egorovic Tchekhov e de Evgenija Jakovlevna. Teve quatro irmãos, Aleksandr (1855), Nikolaj (1858), mais velhos, Ivan (1861), Michail (1865) e uma irmã, Marija (1863). Uma segunda irmã nascida em 1869, Evgenija morreu com dois anos de idade.
As origens da família são humildes. O avô de Tchekhov , Egor Tchekhov , foi um servo que comprou a sua liberdade do Kreopostnoje Pravo. Pavel tinha então dezesseis anos.
Pavel Tchekhov fez um estágio de três anos num comerciante. Tornou-se depois servente e contabilista. Em 1857 tornou-se dono de uma mercearia. Comprou por um bom preço mas num momento inoportuno. A Guerra da Criméia tinha sido perdida e como consequência tinha sido imposta a desmilitarização do Mar Negro, pelo que os marinheiros e militares que tinham sido os principais clientes até então, tinham deixado estas paragens.
A mercearia do pai tinha um pequeno bar, tolerado pelas autoridades.
Numa carta de 1889 ao seu irmão Aleksandr, Anton Tchekhov resume a sua infância na seguinte frase, plena de ironia: 'Filho de um servo, ... servente de loja, cantor na igreja, estudante do liceu e da Universidade, educado para a reverência de superiores e para beijos de mão, para se curvar perante os pensamentos alheios, para a gratidão por qualquer pequeno pedaço de pão, muitas vezes sovado, indo à escola sem galochas'.
O pai, marcado pelo estigma de um ex-servo, educou os filhos de forma autocrática, habituando-os a obedecer. Deu-lhes no entanto o acesso à educação. Possibilitou aos filhos a frequência de um dos melhores liceus da cidade. Tiveram aulas de música e francês.
Anton foi acólito. No entanto, pouco lhe ficou da inspiração religiosa (que a propósito era muito marcante no pai, dirigente do coro da Igreja). Como Anton disse a este respeito: 'o coração está como que varrido'.
Na escola, Cechov não foi um bom aluno. Chegou a reprovar. Um padre que lhe deu aulas de religião chamava-o com menosprezo de 'Cech' onte (cech significa servo). A mensagem: tu não passas de filho de servo. Mais tarde, quando publicava os primeiros contos em jornais, Tchekhov usou o pseudónimo 'Antosa Cechonte' com ironia.
A partir dos seus treze anos, ficou fascinado pelo teatro da cidade, que dado o pouco dinheiro que tinha não frequentava tantas vezes como queria. Como era proibida a entrada a crianças não acompanhadas de adultos e sem a autorização do liceu, chegou a 'disfarçar-se' de adulto, usando uma barba postiça.