Deixo... Estes!
Iracema Zanetti
Deixo-te ver tudo o que quiseres ver,
Se sabes o lado e o seio certo tatuado,
porque pedes com tanto dengo
para descortinares tão conhecida imagem
que exploras com as mãos carinhosas
e pressionas levemente com os dedos?
Por que pedes e anuncias o que queres fazer?
Faze, estou aqui para quê?
Tantos detalhes explorastes ,tantos aromas aspirastes,tantas dobras percorrestes,
porque perguntas agora se deixo-te examinares
a cálida imagem dos meus seios dourados
que vão do alvo, ao rosado,dependendo da volúpia dos teus beijos!
Ah... gosto que viajes no meu corpo,
como um veleiro branco zarpando mares,
teus olhos apontam trilhas
e teus dedos ageis as percorrem!
Não prometas cuidados, sabes onde mora o perigo,
o limite termina na linha do meu umbigo!
Menino travesso, hei de cuidar de teus anseios,
para que não avances limites alheios!
Não me fales deste jeito,não quero
que te percas no escuro molhado do meu perigo,
e muito menos, deixes nele o teu juízo!
Se ultrapassares os limites,frágil e sedenta,
talvez abandone-me em teus abraços,
e juntos morreremos na delícia do nosso gozo!
Aninhes-te de modo a beijar estes...
e não aqueles lábios!
Este gosto terás ao olhar meu rosto,em
descontrolados espasmos,misto de dor e prazer
perdido em múltiplos orgasmos!
Fala sim, quero que me excites,
com tuas bobagens!
Uai se é por demais da conta,
sendo um homem tão maduro,
por que perdeste o juízo pelo desejo incontido
de descortinares a tatuagem, do lado interno, do meu seio esquerdo???
yareah@terra.com.br
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