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Ensaios-->A poesia de Vicente Huidobro -- 06/07/2005 - 18:22 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PAULO HENRIQUE COELHO FONTENELLE DE ARAÚJO
n. USP: 3710046















El vanguardismo en la poesia de Vicente Huidobro









Trabalho de Aproveitamento da Disciplina de Literatura hispano americana: modernismo y vanguardias na graduação do Curso de Letras da F.F.L.C.H. da Universidade e São Paulo.








São Paulo
Junho de 2005




Vicente Huidobro foi um poeta de uma poesia puramente cerebral e ao mesmo tempo imaginária. A contradição acima caracteriza bem Huidobro, que considerava o poeta como um vidente, um ser que desvendava os mistérios da natureza, através de um esforço intelectual constante. A vida de Huidobro foi esse debruçar permanente sobre a arte que escolhera até o ponto de conceder à poesia um tom de plena liberdade, de livre associação de imagens, de ruptura das leis da causalidade, ou seja, poesia imaginária e também aplicação intelectual.
Então a obra de Huidobro possui uma lógica interna que vai da concepção do que é poesia até o exercício reiterado do fazer poético e se desdobra ainda em uma resultante que permite caracterizar sua obra como a manifestação da liberdade frente à tradição. E isso se revela em todos os momentos para o citado autor, desde a fundação do Criacionismo até a publicação do poema “Altazor” que, na verdade, é culminância de uma experiência criativa.
O “Criacionismo” seria um objetivo de Huidobro – objetivo inicial de sua carreira de poeta - e afirmava que a poesia deveria inventar novas realidades: na criação de metáforas com muitas possibilidades de interpretação; na criação de efeitos visuais pela disposição do texto sobre a página.
O poema “Altazor”, sendo o ápice desse processo “criacionista”, radicaliza aquela pretensão inventiva desde a sua temática, suas referências cósmicas, fenômenos de uma natureza –estrelas, mares e montanhas- na qual querem se nivelar na ânsia criativa ( com a licença poética de conceder à natureza uma ânsia) até um cataclismo gramatical (associações semânticas, reiterações e estruturas sintáticas, aliterações ) que se reduz - na destruição da linguagem - a meros elementos fônicos, como se a língua do poema (o espanhol) retornasse a um liquido seminal de todos os idiomas e as possibilidades de criação pudessem se novamente evidenciadas.
Huidobro parece afirmar em “Altazor” que só os abismos possuem a verdade e tão distantes são os abismos - esse abismo literário do poema - que sua visão talvez indique ainda o absurdo da realidade na qual Vicente Huidobro se viu envolvido ( e que não difere tanto de nossa realidade de início de século XXI): o caos da Segunda Guerra Mundial, da guerra civil espanhola e até o imperialismo britânico.
Um exemplo do “criacionismo” faz-se necessário como o uso de uma nova disposição das palavras na página é o poema “Nipona” onde há uma nítida forma de flor e provavelmente um caule, que surge através de versos com uma metrificação reduzida. Um outro exemplo de intenção dessa nova estética são os versos de “Arte poética” quando Huidobro afirma: “Que el verso sea como una llave/ Que abra mil puertas..... Inventa mundos nuevos e cuida tu palabra;/ El adjetivo, cuando no da vida, mata.
E podemos captar ainda, um exemplo da evolução do “criacionismo” no seu sentido expressivo quando, no poema “Altazor”, surgem as metáforas poderosas que assustam os mais desavisados: “El mar antropófago golpea la puerta de las rocas despiacadas/ Los perros ladran a las horas que se mueren/ Y el cielo escucha el paso de las estrellas que se alejan/ Estas solo? Y vas a la muerte derecho como un iceberg que se desprende del polo...
Por fim,destaque-se o redimensionamento ou destruição de todas as estruturas lingüísticas, os ruídos sobrantes no papel e a perplexidade que emana, no final no “Canto VII” do poema “Ältazor” : Arorasía ululacente/Semperiva/ ivarisa tarirá/ Campanudio lalalí/ Auriciento auronida/ Lalalí/ Io ia / i i i o/ Ai a i ai a i i i i o ia.”

E é Huidobro quem diz e confirma toda a sua teoria literaria, no prefácio de “Altazor”: Hice un gran ruido, y este ruído formó el oeano y las olas del oceano”.



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