QUANDO CANTAR VIROU TRAUMA.
Ana Zélia
“Como as cigarras, hei de morrer cantando” Cecília Meirelles.
Vidinha cheia de surpresas! Apaixonada voltei ao coral, por muitos anos, Contralto,
Como todo contralto, tenta imitar o Soprano, cheguei lá.
Como aceitar ser Soprano, se eles são os poderosos donos da voz.
Sou uma simples mortal, talvez a idade me tenha levado a isto, sempre imitando os bons.
Cantar virou susto, medo, pavor, não quero ficar no meio do caminho,
Quero cantar, cantar.
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Manaus, 01 de abril de 2012.
Nota da autora- Como é difícil aceitar que não somos mais o que éramos, fomos.
Certa vez um maestro me disse: “Sua fase passou!”
Estou tentando num Coral para a 3ª Idade, meu propósito diante da falta de organização,
rumo e rota a seguir, parece que tudo gira na política do imediatismo, do “eles são capazes”.
Ah! O tempo! Que não perdoa. A angústia no que vai acontecer, o que iremos cantar,
onde iremos amanhã.
Já pensei em abandonar, voltei a cantar por amar a arte do canto.
Se continuar morrerei sem cantar.
Coisas da vida. Ana Zélia
P.S- Leiam em poesia MEU CANTO. Obrigada Ana Zélia
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