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Poesias-->Te confessas -- 06/02/2003 - 16:12 (Marcelo Santos Barbosa) |
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Te confessas todos os dias com as estrelas no infinito.
Palavras sutis, buscas paz na flor e no sonho.
Ès muito mais que essa criança que tive nos braços
Como que embalando um desejo que nascerá.
Não te pareces com ninguém e és todas em verdade.
Quero deitar-te entre os girassóis na terra molhada,
Pois sou eu quem te escreve em linhas douradas entre o azul.
Deixa-me morrer nos teus braços como a última escuridão na manhã.
Debruçado no abismo da solidão, pássaros vêem ter para comigo,
E todos os ventos são um a balançar meus cabelos no invisível.
Meu destino pertence aos enigmas que a vida me propõe no ermo.
Mas na desordem estás aqui em mim, tua fala é a minha fala.
Tua vida nutre-me até o último grito. És a sombra que vi passar,
Em algum momento perdido da minha história, pomba branca, guia-me.
O perfume das flores é o cheiro do teu corpo depois que mergulhas ao luar,
E enquanto a brisa seca tua alma, sou eu que na distância embala a doce sensação.
Minha alegria em te servir beija-te a vida a todo instante.
Como deves ter sofrido por entregar-te a uma alma errante, minha alma...
Separados, vimos arder na rede etérea o fogo que nos sustenta e nos queimam os olhos.
Minhas palavras bebem em ti o sentido das coisas belas.;
São elas que te afagam na distância, elas são felizes
Pois na sua natural cegueira te enxergam mais do que eu.
Você é todos os poderes obscuros atribuídos aos seres que não existem,
Minha doce fonte de todas as sensações.; te quero, te desejo, te possuo...
Em ti encontro sempre um recomeço, pois achei o fim de todas as coisas.
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