Observo ao longe a união da terra e do céu...Horizonte.
É assim que teu pensamento chega aos meus olhos,
É assim que tua lembrança marca-me em fogo o coração sem termo.
Onde estás que não me vês sofrer dessa forma tão vazia?
Sobre meus sonhos cantam pássaros brancos,
Chove em mim pétalas sem cheiro, sem forma, talvés eu tenha morrido!
Mas te sinto tão presente e tão humana que não me é possível pensar nisso.
Devoraste o Sol, a Lua, meus sonhos e meu espírito errante,
A névoa se faz em volta do que um dia existiu um homem,
Tua brisa sopra-me ao ermo e aspiras-me prá dentro de ti.
O que sou eu senão um rebento dos teus desejos,
O que sou senão a noite em que me possuíste,
O que sou senão a cama onde deitas teu nórdico corpo,
Depois de bailar entre as estrelas e deixar teus olhos
A me olhar no infinito.
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