Cai a tarde, debruçando-se na mais triste solidão.
Ardo estendido na alta fogueira que queima meu silêncio.
Meu olhar lança seus braços ao teu encontro fugidio,
Tenho sono, pois no sono tenho-te ao meu lado, onde mais?
Guardas em ti o desejo, em mim morre o sonho.
Possuis a aurora em seus náufragos olhos
Em mim repousa a treva da ausência.
A noite galopa como um cavalo selvagem,
Atropelando-me, fragmentando-me em mil estrelas,
Que espalhados formam teu rosto.
|