Que tristes lágrimas são essas que choro?
Dum motivo sem menor encanto.
Sem cor e forma, mas é nele qu’eu moro,
Invisível lar tal qual meu pranto.
Salgado mar, de outrora tantas guerras,
O rosto meu em ti se vê,
Por saber que, detrás das vividas eras,
Tens medo do chão perder.
A profunda mágoa meu sono vela,
Em chama branda que tardia arde,
Vestindo de morte o olho que cerra.
Chorando, minha’alma morre e vive,
Detém o brilho na dor do sentir.
Redime a mente e a torna livre.
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