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Artigos-->Napster X Indústria Fonográfica -- 27/02/2002 - 21:24 (Rodrigo Rua) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Napster X Indústria Fonográfica (Publicado em Março/2001, jornal "A PALAVRA" da Universidade Candido Mendes,RJ).



“ O atacante invade a área, em jogada bem tramada por sua equipe. Com extrema habilidade, humilha os adversários. Passa por um, dois, ... vai marcar um golaço, quando inesperadamente leva uma rasteira de um troncudo e novato zagueiro. O juiz, atônito, não sabe se marca pênalti, da ou não cartão amarelo, ou não marca nada, apenas ordena a cobrança do tiro de meta. Para surpresa de nós, jornalistas, ambas as torcidas parecem satisfeitas, com a oportuna interrupção do zagueiro.”

A propagação de músicas em formato mp3 pela Internet, disponibilizado inicialmente pelo Napster, precedido “sabe Deus” por tantos outros com o mesmo fim, foi um duro golpe ao cartel das gravadoras. O mundo virtual é uma realidade avassaladora para determinados fragmentos conservadores em nossa sociedade. A industria fonográfica que o diga, detentora dos direitos sobre a obra e imagem de seus artistas, como na lei do passe, tanto discutida no futebol brasileiro. Os artistas, tanto da bola quanto da música, tornam-se joguetes descartáveis e lucrativos nas mãos de empresários e dirigentes gananciosos. Situação esta, que além de comprometer a autenticidade do trabalho do músico, sob exigências mercadológicas, condenam o artista a exploração. Visto que, em média apenas 4 ‘a 8 % é repassado ao músico sobre a vendagem total de cópias.

Apoiar a causa do Napster, na quebra de braço travada com as gigantes do mercado fonográfico, é apoiar um acesso mais amplo e barato ao acervo de seus artistas prediletos. É propiciar a divulgação do trabalho de novos talentos, que não encontram espaço a se lançarem em uma grande gravadora. É apoiar que para a autenticidade de sua obras, haja um veículo de grande dimensão como é a Internet. É tornar o artista independente da migalha percentual paga por cópias vendidas, sua rentabilidade estaria garantida na vendagem de shows e imagem, desvinculada ao cartel fonográfico.

O zagueiro que no inicio deste artigo, com extrema perspicácia, livrou sua equipe de levar mais um gol, e assim mais uma derrota, chama-se Napster. O atacante, popularmente conhecido por Sony, EMI, BMG... chama-se industria fonográfica. Tendo a pendência judicial que envolve ambos, representação na incerteza do juiz quanto ‘a postura a ser adotada frente ao lance. As torcidas, que aplaudiram a rasteira do zagueiro ‘a investida do atacante, seriam os consumidores e artistas. Tendo estes motivos de sobra para não só defender e apoiar a Napster, como para que novos sites apareçam, popularizando assim a produção de novos artistas cada vez mais.

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