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Cordel-->Justo e o Diabo (parte I) -- 13/06/2001 - 21:14 (Ayra on) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pendurado numa linha
Hei-lo aqui, o meu cordel.
Feito da idéia minha,
Mais teclado que papel.

A história que digo
É d um sujeito danado.
Pra morte fez-se rogado!
Pois o diabo em perigo.

Seu Justo, nascido candango
Já estava velho e cançado.
Vida de caçar calango,
Catar papel. Um esmolado.

Um dia menino Jesus
Veio pra terra brincar
São Pedro, santo de luz,
O sissudo veio cuidar.

O menino pro velho gritou.
- Ei vô, chuta essa bola!
- Vai matar esse véio carola.
Até bem de noitinha ele brincou.

O menino agradecido
Deu três pedidos ao Justo.
São Pedro gritou: Pede o céu!
Pede o céu seu maluco.

- Não quero céu, ô sujeito.
Eu quero pedir bonito.
E falo a você que xinga.
Quero cadeira, cama e pinga.

Uma pinga que só eu tome,
Se beber fica duro e vivo.
Uma cama que nem criatura ou "homi"
Sente sem o meu crivo.

E a cadeira quero boa.
Confortavel e atraente.
Não é cadeira atoa
Que te pesso de presente.

O bobo que aqui sentar
Ficará até que eu diga.
Sem sair desse lugar
Ficará sem reclamar.

- Pinga, cama e cadeira!
O senhor é um pirado.
Ao morrer, tá decidido,
No céu n entras nem pintado.

A vida nem era boa,
Pois estava acabando.
A morte vinha a canoa
O velho estava esperando.

A morte ao chegar alertou.
- Justo chegou tua hora!
- Sente-se! pediu - Espera!
E a cadeira aproximou.

Trabalho de recensiador.
Esse de casa em casa.
A morte assim travalhava:
- É de bom grado, Senhor.

A morte ficou pregada.
Nem reza braba tirou.
Justo deu um gargalhada.
E proposta apresentou.

- Será que você concorda?
Tu me liberas da sina.
Eu te libero, menina
De ficar aí pregada

Continua...
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