Os dias de sol foram de muita luz

muito calor, calor humano.

De muita alegria, de fé na vida

Dias de paixão, de fogo, euforia

Descobertas, beijos, abraços,

cada um mais especial que o outro

tudo brilhava, tudo tremeluzia

tudo tremia sob o carnaval

A festa, o mais, o mar, o azul.

Beleza, havia beleza em tudo

Meus olhos gargalhavam

Minha alma gargalhava

Os dias de chuva são.

Dias de reflexão, de tristeza

De um pesar em tudo, pensar...

Chorar... Desabafo de uma alma

que outrora gargalhava

Os olhos nem se quer sorriem

apenas olham, acompanham um corpo.

e as coisas perderam a poesia, conotatividade...

Essa chuva despenca dos ares

Traz consigo um pouco de mistério

uma sensação de submissão

É uma chuva cheia de ensinamentos

Lições, exemplos, confirmações, surpresas.

É a segunda precipitação de todas minhas lágrimas

que eu vi cair e evaporar

Cheguei a pensar que caíam em vão