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Artigos-->A lei natural, a ética e a minha samambaia -- 23/05/2012 - 10:47 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Rogo igualmente a atenção dos prezados amigos para meu
DA MORAL EM ECONOMIA,
publicado pela Editora da UNIVERCIDADE do Rio de Janeiro 2002, com
Apresentação do Professor Og Leme, saudoso membro do Instituto Liberal do
Rio de Janeiro.
Pelo que lhes fico muito grato,
Meira Penna



-----Mensagem original-----
De: Alfredo Marcolin Peringer [mailto:peringer@terra.com.br]
Enviada em: terça-feira, 22 de maio de 2012 15:45
Para: Marcela Marcolin Peringer
Assunto: Meu artigo da ZH de hoje

Senhores Pensadores,
O meu artigo de hoje enfoca, cientificamente, não a ética que se costuma
mostrar, denominada de &
39;altruística&
39;, mas a que verdadeiramente assegura a
vida do Homem na Terra, pelos milênios afora. Qualquer outra, que não seja
baseado nos valores maiores do Homem, a vida e os frutos do seu trabalho
próprio, seja qual for o nome que se dê, o aniquilará.
Peringer


A lei natural, a ética e a minha samambaia

Alfredo Marcolin Peringer*

Aristóteles, na obra "Ética a Nicômaco", falando sobre a criação da
Natureza, cita que: "É impossível para uma pedra, que tem um movimento
natural para baixo, conseguir reverter esse movimento, passando a se
movimentar para cima, mesmo se alguém tentar dez mil vezes inculcar esse
hábito nela; nem fazer o fogo se movimentar para baixo, ou se mudar a
direção de qualquer ente, atribuída pela natureza..."

A Natureza fascina. Conservo uma Samambaia entre duas janelas e costumo
brincar, trocá-la de foco, fechando um dos lados e abrindo o outro, para
vê-la mover seus ramos, paulatinamente, em direção ao lado com maior luz. A
ação dela é sempre a mesma! Está amarrada a um código da Natureza que a
obriga a escolher a claridade para se manter viva. Trata-se de uma ação
pré-programada, agendada a guisa de trabalho, que ela tem que obedecer como

uma escrava. Aliás, mais do que isso. Uma escrava pode recusar a fazer algo,

decidindo, inclusive, a não viver, mas isso também é impossível para a minha

Samambaia fazer por contra própria. Claro, se um obstáculo a impedir de
fabricar o seu alimento básico - a glicose - cuja matéria-prima é a luz
solar, a água e o dióxido de carbono, coletado pelas raízes e ramos, ela
morre.

Com o animal não-humano não é diferente. A Natureza também lhe deu uma vida
para proteger e cuidar. Não lhe impôs limites mecânicos, como fez com os
vegetais, mas lhe deixou para sempre dois mestres, o prazer e a dor, e um
potente órgão sensitivo que o avisa dos perigos iminentes ou da sede e fome,

induzindo-o a fugir ou reagir, a beber água ou a caçar, mas cada ação não
vai além da água ou da &
39;presa à boca&
39;, sem quaisquer provisões para o
futuro. A Natureza, semelhante à minha Samambaia, também o proibiu de se
suicidar: diferente do Homem, ele é o único animal que não atenta contra a
vida.

Intriga a Natureza não ter imposto nenhum limite mecânico ao Homem. Deixou-o

livre para escolher os valores que vão ajudá-lo na proteção da vida e no
trabalho de mantê-la. Mas logo se compreende a razão dessa liberdade.
Condicionou-o, semelhantemente aos animais não-humanos, ao prazer e a dor, e

incutiu nele uma poderosa consciência, com capacidade para adquirir
conhecimento ilimitado. Muniu-o com um sistema mental complexo, em que os
sentidos captam as imagens e informações que se transformam em conceitos
guardados na memória, para que a razão analise e acione a ação, sempre com
vistas a sair de uma situação menos favorável para outra mais favorável.
Trabalha, poupa, investe em métodos longos de produção, faz plano, minimiza
os riscos da falta de matérias-primas, insumos e bens e serviços, base do
seu sustento e prazer.

O Homem não precisaria de um guia ou código de ética para orientar as suas
escolhas e ações. Mas a Natureza criou uns diferentes dos outros em
inteligência e produtividade e isso, não raro, costuma acionar a inveja e a
cobiça. Ademais, há a possibilidade de a Natureza ter ultrapassando os seus
próprios limites naturais, quando fez o Homem à semelhança de Deus e do
animal, como nos afirma Heráclito. O Homem animal, junto com a cobiça são
fulcros de ações agressivas contra a vida e o patrimônio de outro Homem,
condenadas assim por Ayn Rand: "Nenhum homem - ou grupo, sociedade ou
governo - pode iniciar o uso da força contra outro homem, a não ser em
retaliação a quem a iniciou... ou obter qualquer valor de outro recorrendo à

força".

Nas sociedades modernas e tão amplas ao ponto de jamais terem sido
imaginadas pelos pensadores gregos, os maiores agressores à vida do Homem e
aos demais valores necessários para mantê-la são os próprios governos, ainda

que, paradoxalmente, tenham sido criados para amparar tais valores. Como os
Senhores da Guerra e do Imposto, ceifam vidas, expropriam os valores obtidos

com o trabalho e desestimulam a criatividade humana.

São condições que exigem a proteção de um guia ético para o Homem,
semelhante ao da minha Samambaia, em que o Mal é tudo aquilo que atente
contra a sua vida e o seu trabalho na busca da luz, da água e do ar,
necessários para ela produzir o seu alimento básico, a glicose. O Bem é tudo

que contribua positivamente com a vida dela e dos meios utilizados para
mantê-la. Com o Homem não é diferente. Um código de ética para ele também
tem que vincular o Bem ao engrandecimento da sua vida e dos frutos do seu
trabalho. E o Mal a tudo que afetar negativamente esses valores morais
básicos: vida e trabalho. Tanto para a minha Samambaia quanto para o Homem,

o Mal pode levá-los à extinção...

peringer@terra.com.br
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