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Poesias-->Morte Matuta -- 09/02/2003 - 18:06 (marco antonio de paula franco) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
http://sites.uol.com.br/franco.marco/



Sábado Triste.



Não tinha sido o sábado modelo que se espera, e ficou bem

mais longe disso quando avistei na avenida diversas pessoas

impacientes, correndo para lá e cá, parecendo assustadas. Não

era para menos, junto a guia dois corpos se contorciam recém

saídos de um maldito acidente. O barulho da viatura dos

bombeiros cortando a noite com seus holofotes vermelhos-

fatídicos davam uma gravidade bem maior ao quadro. Homens

apressados para acomodar os feridos, gemidos, gritos,

sussurros, um monte de detalhes dramatizavam o cenário.

Certamente naquele noite não havia um filho esperando a

chegada de um pai. Nem de um pai esperando aflito pela vinda

do filho. Não aqueles que estavam sendo acolhidos pelo carro-

socorro, partindo pelo meio da noite, com a sirene tão triste

quanto ao da chegada. Não havia como não lembrar do poema que

eu havia acabado de escrever, que “a vida povoa e a morte, ao

contrário, desocupa a estrada para outro passar...” Sábado,

30 de Março de 2002, 10h da noite.



Morte Matuta



Lá no término da estrada tem uma ponte

De madeira rústica, empenada e pensa

Por onde passa um rio e há uma fonte

De águas claras e de uma paz imensa



Bem cedo e de noitinha passa um homem

Chapéu de palha, num burro lento

Cigarro na boca, com roupas de ontem

Olhar perdido no meio do firmamento



Que diferença lhe faz, se vai rir ou chorar

Não foi feito para seguir rotas, nem horários

Mas para viver a vida e melhor se à toa



Não sabe que é só um retrato da vida, que povoa

Diferente da morte, que muito ao contrário

Desocupa a estrada, pra outro passar



Marco Antônio de Paula Franco





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