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cronicas-->Pelos olhos, por... -- 10/09/2002 - 14:35 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ela tem tantos nomes, tantos corpos, tantas imagens para serem lembradas. Tudo por causa dos olhos. São olhos castanhos, verdes, misturados, às vezes azuis.
Mulher multimistura de olhos de tempestade, lascívia, amor, companheirismo.
Se apresenta como professora, como aluna, parceira de bons momentos.
Curioso, nos maus momentos não procuro por ela, para impedir que aqueles olhos fiquem tristes. Que lindos olhos. Vi algo lupino naquele olhar certa vez. Depois, a esperança. Também tempestade.
O pior foi que a tempestade me pegou, me arrasou durante dias. O olhar lupino era devorador, mas não teve forças para completar o ato da caça.
A esperança dos olhos, infinito gesto de quem ama, não sumiu. Permanece à espreita do melhor momento.
Mas a tempestade marcou. Marcou e foi embora, deixando um pequeno rastro de destruição por onde passou. Mas por que a tempestade?
Não sei dizer. Acho que aqueles olhos incendiários previsores de tsunamis estavam lá para abalar as frágeis estruturas do pensamento do poeta.
Imaginei surfar naquele tsunami. Olhos de tempestade de uma alma em busca da grande explosão.
Krakatoa. O inferno de Java correndo em minhas veias, onde a lava substitui o fluído hemoglobínico. Ferve por onde passa, causando incêndios e destruição, mas com o passar dos anos cria rochas magmáticas, heterogêneas na essência e homogêneas na forma.
Erupção de olhos. Imensas rochas verdes lançadas na atmosfera. Um Vesúvio de cristais castanhos ou azuis. Etna, destruição e morte. Porca vita maledeta! Amore!
Vapor, enxofre, moléculas de gás liberadas numa grande explosão. Orgasmo da terra.
Tudo pelos olhos dela. Pela tempestade. Pela falta de harmonia de um grande momento de desejo.
Terra animal. Poeta animal. Olhos de uma fera ferida. Cio da terra. Olhos crepusculares de uma última era. Gênesis.
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