Diário de um pseudônimo (052)(2005/02/24)
Penfield Espinosa
24/02/2005
Hoje, no restaurante onde muitas vezes janto, um aniversário estava sendo comemorado.
Como sabem os poucos, muito poucos, mas muito fiéis, leitores destes textos, nasci em primeiro de janeiro e, por isso, nunca tive um aniversário completo.
Papi e mami até que tentavam, mas a partir de certa idade, quando as comemorações têm que ser sociais, com muitos amiguinhos e amiguinhas, a coisa não dava certo.
Mesmo soluções provisórias, como antecipar ou adiar o aniversário não eram a data de nascimento de fato (quando antecipadas) ou eram logo depois de uma festa muito intensa, como o reveillon.
Assim, de certo modo tive um amadurecimento precoce por ter que aceitar que meus amigos podiam ter festas de aniversário, mas eu não.
Como dizem, aprendi a conviver com meu handicap.
Outros handicaps vieram: ser moreno e baiano em S. Paulo, trabalhar com tecnologia da informação (ou informática) e ser formado em advocacia etc.
Mas eu estava preparado.
S. Paulo, 24 de fevereiro de 2005
(Copyright © 2005, 2006 Penfield da Costa Espinosa)
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