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Contos-->Vida de stress -- 04/12/2002 - 22:00 (Bruna Reis) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A muito tempo queria escrever, mas seria necessário um momento ideal, a revolta perfeita... o stress agora já era tanto que com simples palavras agressivas das pessoas faziam com que eu caísse aos prantos e que todos os meus nervos saltassem e me deixassem com um ar meio de louca, meio de neurótica ou de qualquer pessoa que tivesse algum problema plausível para uma permanência em um manicômio qualquer.
As marcas começaram muito cedo, nem me lembro quando foi a primeira vez que me perdi em gritos saídos da minha própria garganta, que sufocaram e fizeram com que em entrasse cada vez mais no mundo ilógico que existia dentro da minha cabeça perturbada.
Primeiro vieram os acessos de histeria, mas esses passavam logo, talvez apenas com chás das ervas do quintal lá de casa, talvez eram precisos alguns comprimidos, não me lembro ao certo, a loucura agora é tão grande que minha memória falha ao lembrar dos momentos mais comuns de minha vida... os de stress.
Depois comecei a pisar forte no chão como se ele fosse afundar, e isso me trazia a paz que já não mais existia em minha cabeça, eram sempre passos acompanhados de choro e gritos de inconformação, ao menos, poucos instantes depois, eles me acalmavam como se nada tivesse acontecido.
Com o tempo, os anos foram passando, agora eu já era uma adolescente e tinha manias como: bater a porta na cara de meus pais. Continuava batendo os pés e gritando, muitas vezes chorando também, mas agora tinham as músicas e isso eram como a paz eterna... como se com aquelas músicas de lamentações que Renato Russo praticamente chorava fossem as soluções de meus problemas pessoais, como se todo aquele mundo fosse o meu, e como a minha paz, tudo era entregue nas mãos de alguém já não vivo e que nada poderia fazer pra me ajudar... mas ainda assim eu insistia naqueles versos que apenas cavaram mais ainda o meu coração, era tudo triste e isso me fazia um bem enorme... parecia que estava despida apenas esperando o tempo passar... não via a hora de morrer.
Mas isso foi no começo de minha adolescencia, agora estava já no auge dela tinha amigos longe e a única pessoa em quem eu realmente me apoiava era em meu namorado, mas o que ele poderia fazer?... eu pensava sempre nisso, eu havia o machucado inconstitucionavelmente, mas queria que ele fosse o santo que ficaria do meu lado para qualquer coisa, o que eu queria era apenas que ele impedisse que o pior eu fosse capaz de fazer... talvez ele tivesse tentado, mas eu seria incapaz de ver, o rancor era a única coisa que sobressaía de seu olhar e os minutos de adoração que ele ainda tinha por mim, já não eram fixos e sim passageiros, e tudo se acabava com palavras inocentes que saíam da minha boca... era doloroso ver aquela pessoa que um dia me desejara em qualquer situação, ter em suas olhos um repúdio que eu não era capaz de tirar...
Dia após dia meu coração era mais partido por todos aqueles que me rodiavam, teve até um anjo passando em minha vida, chorava ao me ver dessesperada, vinha me acalmar quando eu já era apenas nervos, mas foi embora, anjos vão embora.
Assim que o anjo foi embora tudo voltava a ser inferno, e a única coisa que fui forte o suficiente pra fazer foi pular no primeiro abismo que eu vi na minha frente, na verdade eram poucos metros da janela do quarto andar até o chão, mas parciam intemináveis e no salto da janela até o chão eu tive os prazeres mais felizes da minha vida: eu era feliz, livre, sozinha, como sempre estivera, com a minha atitude e com uma garra e uma força que eu nunca havia demonstrado antes...
Mas os metros eram tão poucos que, além dos momentos de liberdade inesquecíveis, a única coisa que meu lindo salto me rendeu, foi essa cama de hospital, rodiada de pessoas falsas, que, na verdade estão aqui por pena de mim, até já estou vendo e ouvindo, mas finjo estar dormindo para não ter que ouvir palavras de melhoras, eu não quero melhorar.... mas sei que cedo, ou tarde isso vai acontecer, mas já me programei e assim que sair desse outro inferno, procurarei ficar louca... talvez num manicômio eu seja feliz!
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