Na tarde branda, enquanto o sol se ia,
As borboletas trabalhavam, belas.
Espalhavam as cores de sua folia.
Com as tenras pétalas faziam festas.
Um amor ia brotando, leve.
Verdejando nos campos de lírios,
Fagulhando as preces de um canto breve,
Umedecendo as pontas dos teus cílios.
E esse é meu jeito de fazer amor,
A pentear os teus negros cabelos,
Cobrindo-te toda desse meu fervor,
Vasculhando fundo os teus segredos.
Eu gostaria de dizer pra sempre,
O quanto eu gosto desse teu sorrir,
Mas meu vazio coração não sente,
O que por ti, merece sentir.
Porque cansado, dele a vida vai,
Encontra escombros entre os quais se some,
Mas da minha boca o amor ainda sai,
Abraçado às letras do teu lindo nome.
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