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Ensaios-->Diário de um pseudônimo (060) (2005/04/04) -- 15/06/2006 - 20:18 (Penfield Espinosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Diário de um pseudônimo (060) (2005/04/04)

Penfield Espinosa



04/04/2005

Tanto tempo depois de ter começado a escrever como forma de terapia, eu me pergunto se valeu a pena.

No diário que escreveu em forma de cartas durante a escrita de 'A Leste do Éden', Steinbeck pergunta a si mesmo e a Pacal Covici, destinatário de suas cartas:

-- Será que ficamos mais sábios.

Em todo o diário, nada diz que sim. Ou que não.

Relendo o que escrevi, cheguei à conclusão imodesta de que algumas coisas estão bem escritas, outras bem pensadas. Muito poucas têm ambas qualidades.

Mas e quanto ao aprofundamento ? E quanto à solução dos problemas ? Os fantasmas foram de fato espantados ? Lembrar que muitos escritores dizem que escrevem para espantar seus fantasmas.

Bem, talvez eles tenham sido apenas entretidos.

Esta é a opinião dos psicólogos e/ou psicanalistas. Uma bela frase de Freud diz que cantar uma canção no escuro pode afastar nosso medo, mas não acende a luz.

Que seja: uma terapia, com outra pessoa -- não o escritor, mas um terapeuta treinado --- é importante.

Mas aí me lembro de gente (Gabriel García Marquez e seu medo de morrer de fome em Paris enquanto escrevia Ninguém escreve ao Coronel é um bom exemplo) que atacou com a escrita seus próprios problemas com sinceridade, clareza e verdade. Como o próprio Freud. Que aliás não foi psicanalisado por um outro.

Aí penso que é possível usar a escrita para se investigar, para se curar.

Não sei se para mim, que muitas vezes escrevo com desatenção, com enfado. Mas para algum escritor, que escreva suas palavras, com seu próprio sangue, com sua própria verdade.

Preciso ser este escritor.

S. Paulo, 04 de abril de 2005


(Copyright © 2005-2009 Penfield da Costa Espinosa)
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