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Ensaios-->METAS E REALIZAÇÕES DA ATL(Ariadne Sgrinier e outros) -- 05/07/2006 - 11:21 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE CITADOS OS AUTORES, A FONTE E O TÍTULO).


METAS E REALIZAÇÕES DA
ACADEMIA TOCANTINENSE DE LETRAS - ATL














Palmas
2006










Ariadne Sgrinier
Eduardo Silva de Almeida
Erivânia Rodrigues Ribeiro
Mariana Castro Cavalcante Lima
Marilene Stachak
Núria Renata Ribeiro de Araújo
Valdelourdes Arruda Medeiro






METAS E REALIZAÇÕES DA
ACADEMIA TOCANTINENSE DE LETRAS

Avaliação, integrando a G2, da disciplina Cultura Brasileira e Latino-Americana, sob orientação da professora Maria de Fátima Medina.



Palmas
2006



RESUMO

O presente trabalho trata da constituição da Academia Tocantinense de Letras – ATL, suas metas e realizações. Faz-se um apanhado histórico das academias e o exame das atas e dos estatutos da ATL, com o inventário dos programas e resultados alcançados.
Palavras chave: Academia. Letras. Literatura.




SUMÁRIO




1 INTRODUÇÃO..................................... 4

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................ 5

2.1 Histórico...................................... 5

2.2 Metas da ATL............................................ 6

2.3 Realizações ....................................8

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................10

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................11


1 INTRODUÇÃO

Representando a Academia Tocantinense de Letras um importante setor da cultura tocantinense, propõem-se os autores a fazer um estudo de suas metas e realizações no espaço artístico, especialmente o da literatura.
A divulgação das promoções culturais sempre tem sido uma das molas propulsoras ao alcance do sucesso dos eventos. Os autores pretendem disponibilizar o presente relatório para os anais da ATL, com possibilidade de veiculação do mesmo na imprensa local.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Histórico

A palavra “academia” começou a ser empregada em meados do século XV, na Itália, e no início do século XVI, na França, para designar as reuniões de intelectuais humanistas realizadas com regularidade e animadas por sábios eminentes.
Freqüentemente essas academias se contrapunham às universidades, como centro da vanguarda filosófica e literária. Havia academias que propuseram modificações em diversos setores do conhecimento, como na lingüística, a Academia da Crusca, em Roma, a vanguarda científica, da Academia dos Linces, também em Roma, e uma renovação artística, da Academia de Arte e de Desenho de Vasari, de Florença, bem como da Academia de São Lucas, ainda em Roma.
As academias desenvolveram rapidamente por toda Europa, particularmente na França, onde a primeira delas, consagrada à poesia e à música, foi introduzida por Lazare de Baïf, juntamente com Thibault de Courville, em 1570. Ao criar a Academia Francesa, em 1634, Richelieu, oficializava um grupo de literatos que se reunia na residência de Valentin Conrart, desde 1629.
A Academia Francesa instaurou uma política oficial de orientação e acompanhamento das disciplinas intelectuais e criativas; era, pois, encarregada de fiscalizar o uso da língua francesa e de opinar sobre os livros publicados.
Desde 1639, a Academia Francesa possui quarenta membros, mas apenas em 1971 abriu as portas aos estrangeiros de língua francesa e em 1980, com a eleição de Marguerite Yourcenar introduziu mulheres em seus quadros.
No século XIX, difundiram-se rapidamente as academias por toda Europa e Américas, incluindo o Brasil; no século XX desenvolveram-se nas repúblicas soviéticas e na China, onde desempenham papel relevante no desenvolvimento da pesquisa científica e cultural.
A Academia Brasileira de Letras, fundada em novembro de 1896 seguindo o modelo da Academia Francesa, é a instituição literária brasileira.
A idéia original da formação foi de Medeiros e Albuquerque. Lúcio de Mendonça entusiasmou-se pelo projeto. Este, entretanto, só se concretizou pela intervenção de Machado de Assis, que liderou o movimento e foi escolhido seu primeiro presidente.
Os estatutos foram aprovados pelos dezesseis membros fundadores, entre os quais estavam o secretário geral Joaquim Nabuco, e o primeiro e o segundo secretários, Rodrigo Otávio e Silva Ramos, bem como o tesoureiro, Inglês de Sousa.
No modelo francês, a Academia Brasileira de Letras compõe-se, atualmente, de quarenta membros efetivos e vitalícios.
A Academia Tocantinense de Letras - ATL foi fundada em 12 de dezembro de 1990, pouco depois da implantação do Estado do Tocantins, mas foi instalada solenemente em 2 de março de 1991, na cidade de Porto Nacional. O intuito de seus criadores foi congregar os intelectuais existentes no novo estado.
A idéia da criação da Academia surgiu entre três fundadores: José Liberato Costa Póvoa, Juarez Moreira Filho e Ana Braga, que escolheram 25 nomes para a composição da Academia, conforme o renome de cada um naquele momento.
Posteriormente a ATL foi sendo composta até completar os 40 atuais membros, por sucessivas eleições ou indicações de sua Assembléia Geral.
Originariamente, o nome da Academia era Academia de Letras do Estado do Tocantins, com a sigla ALET. A adoção do nome Academia Tocantinense de Letras – ATL foi em Assembléia Geral realizada em 6 de maio de 1995.
Pela Lei Municipal nº 920, de 21 de julho de 2000, originária de projeto de autoria da vereadora Mariza Sales, a Academia Tocantinense de Letras foi declarada de utilidade pública municipal.
Em 30 de novembro de 2001, pela Lei Estadual nº 1266, originária de projeto de autoria do deputado Laurez Moreira, a ATL foi declarada de utilidade publica estadual.


2.2 Metas da ATL

O Estatuto da Academia Tocantinense de Letras está registrado no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas de Palmas, sob o número 4.026 do Livro 032, de 21 de dezembro de 1999, e é constituído por quarenta e nove artigos. O artigo 2º daquele documento legal estabelece a finalidade da ATL como sendo:

I – especificamente o incentivo à literatura tocantinense e, de modo geral, à literatura brasileira e até a estrangeira;
II – o estímulo à cultura e ao aprimoramento da língua pátria;
III – a elevação do nível literário dos escritores tocantinenses.

Para a consecução de seus objetivos, o artigo 3º do Estatuto prevê que a ATL deverá:

I – reunir-se em sessões ou assembléias, ordinárias e extraordinárias;
II – manter correspondência e permutas de publicações com entidades congêneres do Brasil e do exterior;
III – promover, dentro de suas possibilidades, excursões, reuniões, congressos e concursos literários, comemorações cívicas e outras atividades pertinentes aos seus objetivos;
IV – manter uma biblioteca para ensejar ao público o conhecimento dos autores tocantinenses, brasileiros e estrangeiros.


O Estatuto da ATL foi reformado e teve a redação final aprovada em sessão da Assembléia Geral realizada em 9 de dezembro de 2005. Após a reforma, o Estatuto ficou bem mais conciso, apresentando apenas onze artigos, com os preceitos gerais para a constituição da Academia, seus objetivos e sua diretoria, bem como a formação e o destino, em caso de extinção, de seu patrimônio.
A finalidade da ATL está contida em seu artigo 1º:

A Academia Tocantinense de Letras – ATL, com sede e foro em Palmas, capital do estado do Tocantins, é uma associação civil, de duração ilimitada, sem fins lucrativos, regulada pelo Código Civil e leis pertinentes, por este Estatuto e por seu Regimento Interno, tem por fins a cultura da língua pátria e o incentivo à literatura, com ênfase para a literatura tocantinense. (grifo nosso).

A ATL participa de simpósios, mesas redondas e congressos, seja por iniciativa própria, seja mediante convite de outras entidades culturais. Indica seus membros para atividades literárias, como concursos, palestras e outros eventos, sempre a critério da diretoria. Junto à comunidade, a Academia desenvolve concursos de literatura e de oratória, promove sessões de leitura de textos e declamação de poemas de autores nacionais, com destaque para os tocantinenses. Para alcançar seus objetivos, a ATL tem um calendário de atividades distribuído anualmente aos acadêmicos e divulgado pela imprensa tocantinense. Além disso, a Academia é aberta ao público, especialmente sua biblioteca que tem acervo abrangente de autores tocantinenses.
Possibilitar que os intelectuais se reúnam num ambiente mais agradável e propício para interação cultural, bem como um certo convívio social, é a mesma função atribuída às academias em todas as épocas. A sede da Academia deveria sempre ser o local para isso. No entanto, a nossa Academia Tocantinense de Letras não dispõe de sede própria, o que, com certeza, representa um obstáculo quase intransponível para a concretização de suas propostas culturais.
Outro problema grave enfrentado pelas diretorias da ATL é a falta de recursos financeiros para custeio de suas despesas, seja de ordem administrativa, seja de cobertura dos gastos com os eventos culturais, os quais promove. A Academia se mantém financeiramente através da anuidade de seus membros ou mediante colaboração de órgãos municipais, estaduais e da iniciativa privada. A sala onde se situa sua sede provisória, bem como algum mobiliário e equipamento, são cedidos pelo município de Palmas.


2.3 Realizações

Em 1991, de 26 de agosto a 5 de setembro, a ATL promoveu o I Curso de Comunicação Gesto-Verbal, com a colaboração do Tribunal de Justiça, da Assembléia Legislativa, Procuradoria Geral de Justiça e outros órgãos do Poder Executivo do Estado do Tocantins. O curso foi ministrado pelo consagrado orador Dr. Jerônimo Geraldo de Queiroz e teve a participação de quarenta e quatro pessoas.
Na Primeira Feira Nacional do Livro no Tocantins, realizada no período de 26 a 28 de abril de 1994, o estande da ATL recebeu cento e setenta e uma pessoas.
Em 1999, foi lançado um projeto denominado Quarta Cultural, com o objetivo de promover, às quartas-feiras, encontros culturais abrangendo diversos setores como literatura, música e teatro. Houve várias sessões, das quais se encontram registradas a Primeira, realizada em 23 de maio, e a Segunda, com participação de oitenta e uma pessoas, realizada em 29 de setembro com lançamento do livro “Roteiros para o centro do mundo”, do professor Osvaldo Della Giustina. No mesmo dia, houve um sarau artístico com participação de músicos e poetas locais, como aconteceu em todas as outras sessões do projeto em foco.
Uma das maiores realizações da ATL foi o Concurso Jovem Escritor, que teve alcance em todas as escolas privadas e da rede oficial do Estado e dos municípios. Houve quatro eventos, sendo o 1º Concurso em 1998, o 2º em 1999 e o 3º em 2000. No último ano, houve uma promoção especial dos 500 anos do Brasil, totalizando as quatro realizações citadas. O Concurso Jovem Escritor abrangia o Ensino Fundamental, a partir da 5ª série, e o Ensino Médio, nas modalidades Conto, Crônica e Poesia. Houve premiação dos melhores trabalhos e um dos resultados de maior divulgação foi a publicação de uma coletânea dos premiados no 1º Concurso Jovem Escritor.
Também especialmente dirigido aos jovens, no ano de 2004, a ATL lançou o evento Chuva de Poemas, em que são recolhidas poesias de diversos autores, inclusive dos estudantes e lançadas numa área pública ou no pátio de uma escola no Dia da Poesia. A premiação é destinada aos autores dos melhores poemas, bem como ao estudante que recolher o maior número de peças textuais. O objetivo é duplo: incentivar a criação literária e fomentar a consciência ecológica de não abandonar lixo na natureza. O projeto Chuva de Poemas vem sendo realizado há três anos.
Na eventual perda de um de seus membros, antes de promover a eleição do substituto, a ATL, de acordo com a família do falecido, marca uma sessão da saudade em sua homenagem. Felizmente são poucas as sessões realizadas, alcançando, até o presente, o número de quatro.
Como a ATL ainda não tem um periódico, sua próxima realização prevista é a edição da Revista da Academia Tocantinense de Letras, com periodicidade anual, cujo primeiro número deverá vir a lume no dia do aniversário da Academia, ou seja, no próximo 12 de dezembro de 2006.


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Os eventos realizados pela Academia Tocantinense de Letras atestam, na prática, a importância que ela tem na formação da cultura tocantinense. Não sobrevive mais a idéia de que as academias sejam entidades fechadas, voltadas para o interior de seus umbrais. O papel da ATL na popularização da literatura e de outras artes tem alcançado bons resultados, haja vista o sucesso de suas realizações, principalmente entre os jovens estudantes de Palmas e do interior do Estado.
Lastimável apenas que as autoridades não venham se preocupando com o maior problema da ATL, ou seja, a carência de uma sede própria. A administração da Academia, tomando-se as necessárias ressalvas à participação da prefeitura de Palmas ao ceder uma sala para seu funcionamento, está instalada com precariedade em um espaço físico completamente inadequado. Caso tivesse condições melhores, caso dispusesse de salas de reunião e auditório, com certeza, as programações da ATL alcançariam melhores resultados.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


MARTINS, Mário Ribeiro. Retrato da Academia Tocantinense de Letras. Goiânia: Kelps, 2005. 470 p.
MOREIRA FILHO, Juarez. Perfil da Academia Tocantinense de Letras. Goiânia: Bandeirante, 2005. 263 p.
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