Para o poeta não há portões fechados,
Não há ouvidos tapados,
Não há lábios calados
E nem becos sem saída.
Para o poeta não há som que não propague,
Não há luz que se apague,
Não há carta que se rasgue,
Pois mesmo triste, ainda é vida.
Ele vive a sua escrita,
Nela esconde-se.; se habita,
Para trazer às nossas vistas
Que as palavras têm valor.
E se um único nome ele lista,
Nessa agenda em que rabisca,
É que seus sonetos arrisca,
Por quem ele já caiu de amor.
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