Quando os amantes estão desconjurados e violentos não representam o amor, mas o poder do amor na crueldade. Exprimem desarticulados e obscenos
a ausência que os cobre, e não suspeitam que os mesmos lençóis onde derramam o amor branco encobrem nímios ninhos de mortalha.
Por mecanismos misteriosos e por sentirem os movimentos impedidos na alma errada, compelem-se um perante e contra o outro, até que o amor mate o primeiro que cesse, ou faça resistir para sempre os dois, lado a lado.