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Cronicas-->Movimento cultural da literatura brasileira -- 11/09/2002 - 21:02 (Sylvia R. Pellegrino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A literatura brasileira vem ganhando uma nova fisionomia. Surgem os novos autores, trazendo novos temas que não somente drogas, carnaval e a pobreza do nordeste. Não que isso não espelhe uma parte da realidade brasileira. Com certeza sim. Mas não conta o nosso Brasil como realmente ele é, falando de seu povo trabalhador e otimista, com suas belezas naturais e a luta constante do brasileiro que carrega a economia. É dessa gente, que anda pelas ruas, apressada, ao encontro do trabalho de todo dia. Do seu viver dentro do seu lar, inobstante a violência que grassa lá fora. Às vezes não tão distante de sua casa, porém, graças a Deus, lá fora. É nesse povo bem brasileiro que os autores devem encontrar seu filão de literatura bem nacional.

Existe um movimento pela cultura e pelo espaço da literatura brasileira no contexto mundial, que vem sendo levantado nas listas de discussões na internet ou em reuniões e associações de intelectuais. Com a globalização é necessário que se mostre a outra cara do Brasil. A cara do Brasil poesia, alegria, beleza solar. Muito mais sobre o pensamento do brasileiro e sua filosofia de viver. É necessário sair da mesmice. É necessário criar novos estilos e novas formas de mostrar o Brasil. O Brasil que fica escondido sob o repetido. Inclusive com a ficção fantástica que vem lentamente sendo abordada pelos autores. É o romance da ficção fantástica que fala do país, mostrando-o com cores mais fortes, não de seu lado trágico já tão desgastado, mas do seu lado de beleza e coragem diante das contingências. Fala-se de seu misticismo de uma maneira mais como folclore e tradição. E a tradição do folclore místico brasileiro tem uma forte conotação do encontro com o fantástico e o sobrenatural. Algo que faz com que as mazelas possam ser superadas com o humor e otimismo. Já é tempo de se renovarem os assuntos e a forma de expor o Brasil. Mostrar uma mentalidade de mudança, porém sem as cores sempre cinzas e trágicas da pobreza, droga e violência. Deixe-se isso para os noticiários policiais e as autoridades competentes resolverem, ou então aos grandes movimentos sociais numa luta por um Brasil mais justo e equànime. Cabe ao autor buscar na inspiração as soluções desses problemas crónicos, sem contudo enfear sua literatura com a forma crua tão desgastada. Apontá-los sim, porque eles existem, mas não mitificá-los.

O movimento cultural brasileiro surge devagar, mas pretende tomar seu espaço, como o fez a música popular brasileira em tempos idos e atualmente tem o respeito do estrangeiro. Quando surgiu a bossa nova o brasileiro ouvia quase que na sua totalidade a música estrangeira. E atualmente somos nós a ensinar harmonia àqueles que apreciam a música. É necessária essa renovação na literatura brasileira, em busca de um português com menos gírias, estrangeirismos e mais Brasil. Com um português que fala com clareza, com menos jargões e dialetos. É importante buscar um espaço, sim, mas que demonstre cultura e não retrocesso. Há que se lembrar que se escreve para quem lê cultura e não para quem convive com a incultura. De nada adianta ficar na mesmice de vender drogas, violência e pobreza. Esses são problemas a serem resolvidos e não vendidos. Essa repetição monótona tem apenas o condão de baixar a auto estima do brasileiro, sentindo-se viver num mundo sem soluções. E ao estrangeiro que lê a nossa literatura, cimentar seu desrespeito pelo Brasil.
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