Usina de Letras
Usina de Letras
239 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->A propósito dos condicionalismos à liberdade de expressão -- 18/08/2006 - 16:23 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou dos que pugno sem excepção pela plena liberdade de expressão, seja ela de que cariz for. Considero que as palavras, faladas ou escritas, devem fluir sem a mínima obstrução.

Num ápice, explico-me: - Mata aquele tipo... Ah... Nem evocando o exercício do dever em acto eu o faria. - Ó pá, és um g-f-d-p... Hoje, esclarecido com a vida e se alguém me chama um tal palavrão, sinto-me de imediato o Menino Jesus a brincar no vergel, completamente ausente da esconsa atmosfera dos adultos. Afasto-me quanto possível para que não passe ao cruel e animalesco silêncio dos actos.

É muito perigoso replicar de viva voz a um insulto, perigoso e insensato, indigno de um ser hodierno que se tem por inteligente. Trata-se de uma espécie de automatismo psíquico que cabe a cada qual estreitamente dominar.

Toda a gente consabe, se bem colocada a questão, que as palavras só não superam a morte. De resto, têm capacidade indimensionável. Sempre que se ignora o palavrão, frequentemente, logo atrás vem outro e mais outro: - Covarde, pulha...

Sou assim e mesmo assim as diversas situações viram-se e reviram-se em intermináveis avessos. Se porventura houver quem não me entenda, faça o favor de puxar o fio à meada.

Vertendo sobre o busílis, para comodidade de eventual consulta e reflexão, transcrevo para aqui as condições de participação que o JN coloca aos eventuais utentes do seu sítio.

--------------------

DESCRIÇÃO DO SERVIÇO O serviço de fóruns do JN disponibiliza um suporte de troca de mensagens entre utilizadores registados. Os fóruns do JN são um espaço de diálogo, promovendo um debate de ideias saudável sobre vários assuntos. Somos contra qualquer censura, mas defendemos uma cultura cívica de responsabilidade. 2. RESPONSABILIZAÇÃO DO UTILIZADOR O utilizador identificado como o autor de uma mensagem é o único responsável pelos conteúdos publicados nessa mensagem. Qualquer informação é da única responsabilidade do utilizador que colocou a mensagem. 3. RESPONSABILIZAÇÃO DO JN O JN não controla de forma exaustiva os conteúdos disponibilizados pelos utilizadores e, por isso, não garante a sua correcção, qualidade, integridade, precisão ou veracidade. O JN não é responsável pela conduta difamatória, ofensiva ou ilegal dos utilizadores dos fóruns. O JN reserva-se o direito de apenas publicar mensagens cuja finalidade visam a promoção do debate e discussão dos temas em concreto. O JN reserva-se ao direito de retirar qualquer mensagem que contrarie as regras que defendemos para o bom funcionamento destes fóruns, nomeadamente as que contenham comentários obscenos, maldosos, assediantes, difamatórios, prejudiciais, ameaçadores, caluniosos, ofensivos, ilegais, racistas, publicitários e invasivos da privacidade de terceiros. 4. CONDUTA DO UTILIZADOR Os utilizadores dos fóruns JN só podem ser pessoas singulares e/ou associações ou pessoas colectivas de fim não lucrativo. Os utilizadores que publiquem mensagens devem tomar conhecimento da legislação existente e das regras de conduta dos fóruns do JN. Os utilizadores não podem: Colocar a mesma mensagem, ou séries de mensagens semelhantes para uma ou mais secções (excessivo “cross-posting” ou “multiple-posting”). Colocar qualquer mensagem com cabeçalho forjado. Colocar mensagens que são excessivas ou aborrecem outros, incluindo, as chamadas 'chain letters'. Colocar moradas, números de telefones e/ou telemóveis.

-------------------

Sendo o JN uma instituíção de serviço público, a exposta regulamentação, no meu entendimento e sem mais delongas, é censura prévia, antecipada obstrução à expressão livre, lastro coercivo, preclaro impedimento a algo que pode incomodar demasiado, convite ao decorrente anodinismo onde se entroniza a hipocrisia. Todavia, reconheça-se que o todo dos eventuais utentes, uma maioria não identificada, contém no seu seio a leviandade irresponsável e o voraz propósito de muito maior censura entre si, demonstrando nitidamente quanto equívoca é a hidra humana na fruição plena da liberdade incondicionada.

'Somos contra qualquer censura, mas...'. A este 'mas...', quanto a mim, só lhe falta o acento agudo, o 'se' do Kipling' e o cínico vice-versa do Albino Fiorjaz de Sampaio, o génio proscrito da literatura lusófona. De resto e fundamentalmente, ninguém se aflija com a falta de liberdade de expressão. Tenho ideia que, com cerceamento expressivo, a expressão refina-se e afirma-se muito mais séria e credível.

António Torre da Guia
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui