Como poder colocar todos os problemas referentes à educação em único procedimento de análise? Problemas como o analfabetismo, e falta de incentivo à pesquisa e a falta de controle dos meios de comunicação, são apenas alguns exemplos da situação em que anda nossa educação. Como tema para este texto, será discutida a liberdade de expressão e o papel dos meios de comunicação.
Como meta inicial, muitas emissoras de TV, programas especiais em escolas públicas, internet, entre outras entidades, tem-se colocado à disposição para cursos de alfabetização, profissionalizantes, entre outros.
Um vocabulário rico, uma “prosa de doutor” nem sempre vem acompanhada de boas intenções. Nossos ilustres senhores da política colocam em evidência sua fluência no idioma em cada defesa feita em sessões de uma CPI, onde todos os argumentos são válidos e onde se percebe os múltiplos sentidos que uma mesma frase pode ter. Em uma outra forma de linguagem, uma obra de arte, pode ter inúmeras interpretações colocando em foco, o observador e sua sensação em frente determinada obra.
O acesso a cultura felizmente está progredindo, pois a cada ano, diminui o índice de analfabetismo; é maior a conscientização política; é maior o número de internautas; é maior o número de profissionais no campo de trabalho. Enfim, a tendência do país é crescer, resta-nos saber aproveitar esse vendaval de oportunidades que nos é colocado tão abrupta quanto fugazmente em nosso cotidiano.
A imprensa que antes era o agente das notícias, era quem manuseava as informações e as transmitia da forma que lhe fosse mais correta e, obviamente, mantendo a imparcialidade tanto quanto fosse possível; hoje é mais uma vítima de suas próprias palavras. Debates sobre formas de expressão, estão sendo mais freqüentes, à medida que se discute a notícia “sensacionalista” e a parcialidade do veículo de comunicação envolvido. A conhecida “liberdade de expressão” está sendo questionada.
Esse questionamento – tardio – começa a existir por um motivo muito simples. A sensibilidade da nação está sendo cultivada. Não é suficiente exercer uma profissão qualquer; mas sim, colocá-la em pratica de uma maneira coerente e sensível. Atualmente nosso lado humanitário está impregnado pelo patriotismo há tempos esquecido, novas esperanças brilham nos olhares de profissionais, de alunos, de operários, de trabalhadores rurais, etc. Não deve ser unicamente o nível intelectual como critério usado para que alguém possa estar em posição mais ou menos conceituada; mas sim, a cidadania correspondente; o caráter de cidadão que deve ser considerado.
Em prosa ou poesia, a educação está na compreensão da leitura, e não apenas na fluência da língua portuguesa. Quem diria que um poema de Álvares de Azevedo é apenas sombrio? Alguém que não teria a sensibilidade para compreender a emoção e experiências implícitas em cada verso.
Partindo do princípio que a liberdade de expressão deve ser mantida para que todos tenham acesso à informação, e que todos devem Ter o direito de se expressar; como podemos manipular e ou assimilar essa informação? Creio ser de acordo geral que termos levianos são incoerentes em muitos casos, e que pode-se transmitir toda e qualquer idéia de uma forma agradável e simples, sem precisar de termos complexos ou apelação (seja em imagens, seja em palavras).
Toda e qualquer forma de expressão é válida, mas a liberdade deve acabar quando entra em vigor, a libertinagem.
