O CHEIRO DAS ÁGUAS
Fluidos naturais,
fontes de vida distribuídos,
na cachoeira véu que cai,
nos lençóis líquidos dos rios,
no mar, com o seu grande abraço nos braços das ondas,
nos lagos e represas, amontoados das chuvas,
na chuva, frescor da atmosfera,
todos mananciais que jorram a favor do homem,
coroa da criação.
Correntes das águas cheiro de vida,
doce, salgada, barrenta ou cristalina,
volumosas ou finas veias por entre as pedras,
exalam cheiro de refrigério,
espalham na terra cheiro de vigor,
perfumam os campos de um odor hidratante,
emoluentes fértil da vegetação.
Cheiro das águas,
alimenta e lava o corpo,
mata a sede , sacia os desertos,
cheiro das águas, banha o íntimo,
vare de lá a dor, no minar dos olhos,
fonte da alma, leito do espírito,
desabafo provedor.
Jair Martins / 21.04.02 - 20:15h |