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Ensaios-->MOURA LIMA É CIDADÃO PIAUIENSE -- 18/12/2006 - 18:51 (Moura Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MOURA LIMA É CIDADÃO PIAUIENSE

Adrião Neto*

Pouco tempo depois da segunda edição do DICIONÁRIO BIOGRÁFICO ESCRITORES PIAUIENSES DE TODOS OS TEMPOS, de nossa autoria, recebi uma carta do escritor Moura Lima falando sobre a sua ligação com o Piauí, elogiando o nosso trabalho e solicitando um exemplar da obra, a ele apresentada por um literato goiano.

Foi através desse contato que o notável corifeu tocantinense começou a conhecer, estudar as obras e fazer amizade com os escritores piauienses.

Dentre os primeiros livros, que, por sua solicitação, lhe repassei, constam os de Fontes Ibiapina, Alvina Gameiro, magistrado Palha Dias e do desembargador Magalhães da Costa. Depois destes vieram os de outros autores, acompanhados de endereços e telefones para os primeiros contatos e intercâmbio cultural, que culminaram com o estreitamento de relações e a solidificação de grandes amizades.

Moura Lima, um dos mais conceituados regionalistas brasileiros da atualidade, conforme observação de Assis Brasil e Clóvis Moura é “gotocantinense” (goiano de Tocantins, reside a mais de 30 anos em Gurupi-TO). Nasceu na Fazenda Capim-Puba, município de Itaberaí, hoje Heitoraí, no Estado de Goiás. Estudou em seu torrão natal, em Uruana, Trindade, Itaberaí, Goiânia, Anápolis e Gurupi. Fez curso de Agrimensura e de Técnico em Agropecuária. Formou-se em Direito. Pós-graduou-se em Língua Portuguesa. Especializou-se em Processo Civil. Alto funcionário público federal. Fazendeiro. Membro fundador da Academia Tocantinense de Letras. Ativista cultural. Pesquisador, romancista, contista, cronista, ensaísta, folclorista, e filólogo.

Tendo a sua obra como pano de fundo, palco e cenário o Norte de Goiás (atual Tocantins), o Sul do Piauí e a região fronteiriça da Bahia e do Maranhão. Moura Lima, apoiando-se no regionalismo, na tradição oral, nas lendas e no linguajar caipira, traça um panorama sociológico, e recompondo, com realismo e fidelidade, as histórias dos coronéis, dos jagunços, tropeiros, vaqueiros, peões, boiadeiros e bandoleiros, que infestavam a região, tornando-a uma terra sem lei.

Possuidor de um estilo peculiar, grandes recursos lingüísticos e de uma apurada técnica, Moura Lima, como um hábil artesão da palavra, tece a sua obra deixando as suas indeléveis impressões digitais, tornando-se, assim, a maior expressão da literatura tocantinense.

Sua obra – verdadeira radiografia da vivência e dos conflitos envolvendo poderosos, fracos e desvalidos – constitui-se em verdadeiro monumento literário. E foram todos os livros premiados nacionalmente, a começar pelo clássico romance Serra dos Pilões-Jagunços e Tropeiros, que conquistou a crítica literária especializada do país, como de Assis Brasil, Clóvis Moura e da professora Moema de Castro e Silva Olival da UFG, que lançou o livro de ensaio: Moura Lima – A Voz Pontual da Alma Tocantinense. A sua obra é estudada também, no livro (ensaio) “MOURA LIMA: DO ROMANCE AO CONTO- TRAVESSIA FECUNDA PELOS SERTÕES DE GOIÁS E TOCANTINS”, edição 2002, do crítico Francisco Miguel de Moura, da Academia Piauiense.

Tendo em seu DNA, uma forte composição genética de “piauiensidade” transmitida por seu avô paterno (Pedro de Moura Alencar), que, tangido pela seca, saiu do Piauí, no lombo de uma mula, para o norte de Goiás, onde constituiu família e instalou a sua fazenda de gado, em Descoberto do Dunga, hoje, Porangatu-Go. Moura Lima busca as suas raízes.

O caminho de volta, feito no plano literário, teve como ponto de partida o “Dicionário Biográfico Escritores Piauienses de Todos os Tempos”. Foi por meio dele que tudo começou. Graças ao intercâmbio iniciado com a nossa troca de correspondência e com alguns telefonemas, o escritor tocantinense tornou-se amigo de muitos piauienses; inclusive do deputado e escritor Homero Castelo Branco, que, por sugestão do magistrado Palha Dias e de outros escritores, conseguiu viabilizar e aprovar na Assembléia Legislativa do Piauí, o Decreto Legislativo nº 188, de 17/12/2004, concedendo-lhe o título de Cidadão Piauiense.

Graças ao estreitamento das amizades e, sobretudo, ao seu merecimento e grandeza de sua vasta obra literária, além da homenagem oficial do Estado do Piauí, o extraordinário polígrafo tornou-se sócio-correspondente da Academia Piauiense de Letras (APL) e passou a ser alvo de várias honrarias por parte de outras instituições culturais. A Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC) lhe concedeu o título de Personalidade Cultural do Século. A Fundação Nordestina do Cordel (FUNCOR) lhe outorgou o Diploma do Mérito Cultural “Firmino Teixeira do Amaral”. A União Brasileira de Escritores do Piauí (UBE/PI), além da Comenda do Mérito “Da Costa e Silva”, também lhe conferiu a Láurea do Mérito Cultural “Firmino Teixeira do Amaral” – instituída especialmente para comemorar os 120 anos de nascimento do poeta FTA, um dos maiores cordelistas do Brasil de todos os tempos.

E, agora, para o deleite de todos nós, o notável escritor lança o livro de ensaio – Zênite - a Linguagem dos Trópicos, onde homenageia o Piauí, a Paraíba, Goiás e o Tocantins, com profundos ensaios de cunho literário, histórico, sociológico e lingüístico.
______________
Adrião Neto – Dicionarista biográfico, historiador, romancista. Autor de várias obras e da idéia da inclusão da data histórica da Batalha do Jenipapo: 13 de março de 1823, na Bandeira do Piauí – Proposta devidamente viabilizada pela Assembléia Legislativa (Lei nº 5.507, de 17 de novembro de 2006, de autoria do Deputado Homero Castelo Branco).
*Publicado na revista “Evidência”-Teresina-PI
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